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Cinco anos de EuroBEC assinalados com obras dos três “vértices”

No dia em que se assinalam os cinco anos desde a fundação da EuroBEC, a Biblioteca Municipal Dra. Elsa Grilo foi, na tarde desta quarta-feira, 3 de maio, espaço para uma reunião de três autores, um de cada município que formam esta Eurocidade – Ethel D’Assa Castel-Branco, de Elvas; Luís Maia, de Campo Maior; e Amelia Bravo Vadillo, de Badajoz – e onde tiveram oportunidade de apresentar as suas obras.

A vereadora na Câmara de Elvas, Paula Calado, que abriu a sessão, revela que a cultura tem sido um dos setores que se tem procurado “agilizar” neste âmbito, até porque, nas suas palavras, a EuroBEC, que “ainda não é uma entidade jurídica”, por mais que seja um projeto “excelente”, também é “muito complexo”.

(A Eurocidade) “é um trabalho muito difícil de colocar em movimento, que se apoia um pouco nos serviços dos próprios municípios. Gosto muito de trabalhar em rede e hoje temos aqui três autores de cada município e temos uma editora, que é o que liga este três autores que convidámos”, adianta a vereadora.

Passados estes cinco anos, Paula Calado, que se diz “muito crítica” relativamente àquilo que há para fazer, ao nível da EuroBEC, garante que uma das maiores urgências passa por implementar um sistema de transportes, capaz de ligar os três municípios, até porque muitos elvenses trabalham em Badajoz ou Campo Maior e vice-versa. Paula Calado adianta que vários autores da Eurocidade vão ter oportunidade, já este mês, de apresentar as suas obras, na Feira do Livro de Badajoz.

A Rádio ELVAS esteve ainda à conversa com os três autores que estiveram nesta sessão. Para a elvense Ethel D’Assa Castel-Branco, iniciativas como esta permitem, sobretudo, que se trabalhe em prol da cultura. A autora, que está já a preparar uma nova obra de poesia, deu a conhecer aos presentes um pouco do seu primeiro trabalho: “Vidas de Espuma”. O campomaiorense Luís Maia, que apresentou nesta sessão o seu livro “Filhos da Madrugada”, destaca, por esta ocasião, a partilha de conhecimentos e experiências entre autores dos três concelhos irmãos. Já a escritora pacense Amelia Bravo Vadillo, que revela que começou a escrever poesia depois de uma visita a Timor-Leste, garante não conhecer fronteiras. Na sessão, deu a conhecer “Poemas da Ilha do Sândalo e Outros Versos”.

Ainda antes da apresentação das obras dos três autores, o coordenador da EuroBEC, João Paulo Garrinhas deu a conhecer ao público presente algumas das maiores lacunas, mas também potencialidades, deste projeto que une os três municípios fronteiriços.

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