A Premier League, o principal escalão dos campeonatos de futebol da Inglaterra e atualmente considerado como a mais importante liga nacional de futebol do mundo, vai limitar os patrocínios das casas de apostas. De acordo com o Jornal de Notícias, haverá um período de transição até à época desportiva de 2025/26, sendo que a partir de 2026/27 não deverão existir mais patrocínios deste género nos clubes da “Premier”.
Apesar das preocupações relevadas pelos ingleses, não existe de forma alguma uma unanimidade nesta matéria na Europa. Ainda de acordo com o Jornal de Notícias, a Itália decidiu também limitar os patrocínios desta natureza, mas os campeonatos da França e dos Países Baixos não o fizeram e não têm, aparentemente, qualquer intenção de vir a fazê-lo.
Apostas desportivas: tendência contemporânea
As casas de apostas desportivas online são uma das tendências de mais rápido crescimento dos últimos anos. Combinando o desenvolvimento da informática e da internet com a paixão pelo desporto, empresas especializadas criaram plataformas online que permitem apostar em centenas de eventos desportivos (futebol e não só), com milhares de mercados e “odds” de apostas em cada dia. Prognósticos certeiros rendem prémios de acordo com a odd proposta pela casa no momento em que o prognóstico é submetido.
Atenção à legalidade das plataformas
Para operar em Portugal, qualquer casa de apostas – portuguesa ou estrangeira – deve obter uma licença junto do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos (SRIJ). Por vezes designado como “a ASAE do jogo”, este serviço atua na dependência do Turismo de Portugal e do Ministério da Economia. Só as casas licenciadas pelo SRIJ garantem o respeito dos direitos do cliente, enquanto consumidor. Este respeito revela-se, nomeadamente, através da adoção de medidas de jogo responsável e que estimulem o cliente a encarar o ato de apostar como mera diversão.
As melhores plataformas de apostas internacionais respeitam as leis de cada país e eximem-se de tentar captar clientes em mercados nos quais não têm licença. É o caso, por exemplo, da Novibet, que opera no Brasil mas não em Portugal. Clique aqui (se estiver a ler-nos em Portugal!) e verá como é a própria empresa que o informa de que “está tentando acessar a Novibet de um local não autorizado.”
Contudo, se aceder a um site de apostas não incluído na lista oficial de empresas licenciadas pelo SRIJ (e disponível para consultar no site oficial do serviço), é fortemente recomendado que não se inscreva nem o utilize, pois estará a fazê-lo numa plataforma ilegal.
Portugal deverá manter os patrocínios sem alterações
O Jornal de Notícias refere ainda que a Liga de Clubes e o Governo não têm quaisquer planos para limitar a atividade das casas de apostas enquanto patrocinadoras em Portugal. Grande parte dos clubes da Primeira Liga têm acordos de patrocínio desta natureza e, nalguns casos, trata-se da segunda ou terceira fonte de receitas, juntamente com as transferências (vendas) de jogadores e com os direitos das transmissões televisivas. O Governo não tem intenções de criar o que seria um “travão” económico aos clubes nacionais, que seria ainda mais notado numa altura em que a liga holandesa ultrapassou a portuguesa no “ranking” da UEFA. Não será por acaso que os Países Baixos mantêm igualmente estes patrocínios nas camisolas…