A Infraestruturas de Portugal (IP) deverá avançar com a construção de uma nova ponte, a montante da histórica ponte da Ribeira Grande, em Fronteira, destruída pelas chuvas de dezembro.
A informação é avançada à Rádio ELVAS pelo presidente da Câmara de Fronteira, Rogério Silva, que esteve reunido, na semana passada, com uma comitiva da IP.
“A ponte sobre a Ribeira Grande situa-se na Estrada Nacional (EN) 245, ou seja, desde logo, implica uma importante delimitação. As estradas nacionais são da jurisdição da IP e, nessa medida, todas as obras, beneficiações, modernizações ou reabilitações são da sua responsabilidade”, começa por dizer o autarca. Rogério Silva lembra que, neste momento, o que está em causa é a “inviabilidade total de circulação numa estrada nacional, que constitui o acesso de ordem à vila de Fronteira”, o que implica “grandes constrangimento e graves prejuízos”.
No decorrer da reunião com os representantes da IP, na qual esteve o próprio presidente da empresa, foi transmitida à Câmara de Fronteira a intenção, não só da construção de uma nova ponte a montante da existente, mas também a reabilitação da ponte granítica, para “efeitos da sua preservação, mas também uma requalificação, no sentido de ficar afeta apenas a peões”.
Enquanto esta nova ponte não for uma realidade, até porque será “uma intervenção que vai demorar algum tempo até ficar concluída”, a IP equaciona fazer uma travessia provisória, com recurso a uma ponte militar ou a um pontão, restabelecendo, dessa forma, a ligação entre Fronteira e Alter do Chão, através da EN 245.
Ainda assim, mesmo esta alternativa não pode ser posta em prática de imediato, porque “ainda existe alguma corrente” que não permite a sua implementação. “Não há uma solução, para já, que permita atingir as duas margens”, devido à largura do leito da ribeira, explica ainda Rogério Silva.
Para além dos prejuízos registados na EN 245, a IP terá ainda de reabilitar a EN 243, também em Fronteira, depois do abatimento do aterro de suporte da via ao quilómetro 154,2.
Em todo o Alto Alentejo, o Município de Fronteira foi aquele que registou, com o mau tempo de dezembro, o valor mais elevado de prejuízos, a rondar os 14 milhões de euros.