Desde os seus sete anos de idade que José Carlos Ramalhão se dedica à Olaria, em Brotas, no concelho de Mora. Passados 46 a trabalhar, nesta arte, é agora o único oleiro, no concelho.
Aos nossos microfones, José Carlos Ramalhão revela como nasceu o gosto pela olaria. “Comecei desde criança, saía da escola ia logo brincar com barro e, é uma alegria para mim, ter pessoas de todo o mundo a comprar as nossas lembranças e a ajudar o artesanato que é algo muito antigo”.
José Carlos Ramalhão explica que tipo de trabalhos realiza, desde loiças utilitárias e decorativas, que são divulgados também no facebook, onde todos podem ter uma ideia do seu trabalho, já com as crianças desenvolve “workshops de pintura e com a roda de oleiro, cheguei mesmo a estar na Ciranda em Montemor”.
Este oleiro acrescenta que esta, não é uma arte fácil, e garante que para a mesma ter continuidade “é necessário que alguém incentive os jovens e os faça acreditar que é possível”.
Trabalhar na roda, com pessoas, é o que mais gosta de fazer, acrescenta José Carlos Ramalhão, adiantando que “hoje sou oleiro porque sempre me foi dada a possibilidade, hoje tenho rodas elétricas, mas na altura eram manuais, é um gosto que nasce no nosso coração e a minha vida tem sido isto”.
José Carlos Ramalhão, o último de mais de 40 oleiros, que existiam no concelho de Mora, em Brotas.