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Rondão Almeida: “no que depender de mim” alunos de 9º ano não saem de Vila Boim

Reunido com a população de Vila Boim, ao final da tarde de ontem, 3 de julho, devido à alegada intenção do Agrupamento de Escolas n.º 3 de Elvas de querer transferir os alunos de 9º ano da escola daquela freguesia para a Secundária de Elvas (ver aqui), o presidente da Câmara de Elvas, Rondão Almeida, assegura que este tem sido um processo “extremamente mal conduzido, desde o início” e que, no que depender de si, não irá viabilizar essa mudança.

“Estamos perante um processo que vai obrigar a fazer determinadas obras numa das nossas escolas e o presidente da Câmara é o último a saber de tudo aquilo que se anda a passar, no decorrer de um ano letivo”, começa por dizer o autarca, assegurando que o agrupamento está a querer dividir um ciclo de ensino. Esta mudança dos alunos de 9º ano, adianta Rondão Almeida, é justificada com as obras que terão de ser levadas a cabo para a construção de um laboratório tecnológico na escola de Vila Boim, garantindo que a situação nunca foi exposta à Câmara Municipal de Elvas, que é “a responsável por todo o parque escolar do concelho”.

Considerando esta uma “brilhante ideia”, o autarca lembra que “não é uma justificação plausível” a obra para esta mudança dos alunos, até porque, recorda, enquanto decorreu a obra da nova Escola de Santa Luzia, os alunos não foram transferidos para outras escolas da cidade. Por isso, assegura que, também nesta situação, terão de ser alugados contentores, “que são autênticas salas de aula, equipadas de tudo, de climatização”.

O presidente da Câmara garante ainda que ninguém, presente na reunião de ontem, se mostrou de acordo com esta mudança dos alunos de Vila Boim para Elvas, depois de feitas as explicações sobre o que estava em causa.

Comparando esta situação ao “casamento” entre os hospitais de Elvas e Portalegre, sendo o de Santa Luzia, neste momento, um hospital que serve apenas “para receber pessoas e canalizá-las para outros hospitais”, Rondão Almeida lembra ainda que esta mudança dos alunos, tida como temporária pelo agrupamento de escolas, pode não o ser, até porque o atual quadro comunitário, que possibilitará a obra, está em vigor até 2026.

“Foi há 20 anos que construímos uma escola, numa das nossas vilas, para receber, até ao 9º ano, todos os alunos do mundo rural. Não faz qualquer sentido que seja com o meu aval que tenham a transformar aquela escola”, diz ainda, assegurando que, no que depender de si, do Município e da Assembleia Municipal, não irá consentir a deslocação dos alunos para a Secundária de Elvas.

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