Os novos investidores do CD Badajoz emitiram um comunicado sobre a situação do clube. Pode ler-se que tendo em conta a campanha de manipulação, ameaças e descrédito desencadeada contra os novos investidores do Clube os seus representantes emitiram o comunicado, que pode ler na íntegra:
1- “A única intenção dos novos investidores é contribuir para dar capacidade, experiência e recursos económicos dos seus integrantes, para conseguir a sobrevivência, viabilidade e estabilidade futura do CD Badajoz, que se encontra numa situação limite. O nosso objetivo é desenvolver um clube sustentável e competitivo que gere satisfação e orgulho à sociedade pacense.
2- O clube tem um défice próximo de um milhão e quinhentos mil euros, na presente temporada, e acumula uma dívida próxima aos quatro milhões de euros, tendo as suas operações comerciais muito limitadas pelas elevadas dívidas à Segurança Social;
3- É falso que os novos investidores, que adquiriram a maioria das ações do Clube (pendente de autorização judicial e do Conselho Superior de Desporto), não deram soluções na semana que decorreu, desde que se alcançou e formalizou o acordo com a família Parra;
– na mesma noite que se formalizou o acordo de compra e venda de ações, efetuou-se a provisão de fundos, que permitiu realizar as viagens das equipas que deviam deslocar-se esse fim de semana, entre outras dívidas.
– Efetuou-se a provisão de fundos, tendo em conta os gastos das viagens das equipas do clube deste fim de semana. Estão preparados os montantes para a folha de pagamento do dia 4 de fevereiro, o pagamento para o levantamento da suspensão de direitos federativos na Real Federação Espanhola de Futebol e a incorporação de cinco jogadores internacionais absolutos e sub-19 com os seus respetivos países. Perante a situação inexplicável de oposição à nossa gestão, criada por grupos de pressão organizados para desestabilizar ainda mais o clube, estes pagamentos ficam suspensos”.
– Iniciaram-se negociações com diferentes provedores, fundamentais no dia-a-dia do clube (transportes, manutenção do relvado ou material desportivo), para chegar a acordos de reestruturação da dívida acumulada durante muitos meses. Estas negociações também estão suspensas;
4- Perante a situação de enorme tensão, descrédito, ameaças e violência desencadeada, em torno do clube, por interesses pessoais, alheios à sua visibilidade e sobrevivência, os novos investidores decidiram paralisar todas as ações previstas para os próximos dias e o mês de fevereiro, esperando a confirmação da compra das ações pelo tribunal competente;
5- A agressiva campanha de manipulação e difamação, acompanhada de ameaças à integridade física dos representantes dos investidores, que provocou as recentes manifestações, está impulsionada e orquestrada por pessoas que defendem obscuros interesses pessoais, que em nada estão relacionados com a sobrevivência do CD Badajoz. A seu tempo apostarão noutra alternativa, inclusive enganando os adeptos e comunicando um acordo de venda que jamais se produziu, com a fiabilidade de conseguir manter os seus postos de trabalho com contratos que superam os 130 mil euros anuais (entre fixo e variáveis), ou acessórias externas, pagas generosamente.
6- Os novos investidores não são responsáveis pelos incumprimentos prévios, o cansaço dos adeptos ou a deterioração da situação extrema em que encontra o clube, há seis dias. É reiterado implacavelmente, nas redes sociais e meios de comunicação, com a mensagem de que o plantel, corpo técnico, funcionários e adeptos estão fartos de incumprimentos, como se os novos investidores tivessem alguma coisa que ver com isso. Chama-se a atenção que alguns dos responsáveis reais desses incumprimentos se encontram à frente e defendem a marcha de oposição que os mesmos mobilizam e manipulam. São os que geriram e fecharam acordos que têm vindo a ser incumpridos na presente temporada, que adquiriram sem saber se poderiam enfrentar.
7- no passado dia 21 deste mês a única oferta de compra pela maioria das ações do CD Badajoz SAD existente, para dar viabilidade a esta histórica entidade, foi a destes novos investidores. A oferta apresentada por Daniel Tafur havia sido retirada no dia 7 de janeiro;
8 – Tendo em conta a instabilidade social, os novos investidores oferecem a transmissão dos seus direitos e obrigações sobre as citadas ações a Daniel Tafur, já que os grupos de oposição à nossa presença no clube, sustentam que o referido senhor tem a vontade e capacidade económica suficiente, segundo manifestou publicamente o Diretor Geral do Clube, para o pagamento das dívidas e desfasamento económico da atual temporada; os representantes do novo grupo de investidores entrarão em contacto, nas próximas horas, com Daniel Tafur (ou com os seus assessores) para questionarem e estudarem conjuntamente esta possibilidade.
9- se esta dita possibilidade não chegar a bom porto, no prazo de dez dias, os novos investidores manifestam a sua vontade para continuar com o seu projeto de salvar a situação limite que o CD Badajoz atravessa, dar-lhe visibilidade e um futuro estável, uma vez que a compra de ações seja aprovada pelo juízo de instrução nº6 de Málaga e o Conselho Superior de Desporto”.
Sabe-se que alguns adeptos têm o intuito de angariar fundos para as despesas das viagens deste fim-de-semana a León (plantel sénior) e Leganés (plantel juvenil).