A propósito da candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no valor de seis milhões de euros, relativa à reconversão de Áreas de Acolhimento Empresarial, que a Câmara Municipal de Elvas acabou por deixar cair (ver aqui), e no decorrer da conferência de imprensa da tarde desta terça-feira, 4 de janeiro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Elvas, o presidente da Câmara Municipal, Rondão Almeida, disse estar “a começar a ficar farto de carregar com culpas”, que não são suas, nem do novo elenco camarário.
O autarca revela que há um outro “processo semelhante” em que o atual executivo se vê a braços com algumas dificuldades, no seguimento de projetos avançados pelo anterior: o do acordo com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), assinado em junho do ano passado, no valor de 22 milhões de euros.
“Nós tomámos posse em outubro e não temos rigorosamente nada para podermos candidatar: nem uma casa degradada adquirida, nem o bairro do Caia, que é de uma entidade na dependência do Governo, o Ministério das Finanças, e não temos as casas junto a Vila Fernando, que são do Ministério da Justiça”, explica Rondão Almeida.
Apesar dos 22 milhões, a falta de casas e de projetos, garante o presidente da Câmara, impede que estejam reunidas as condições para que seja apresentada qualquer candidatura.
“Na melhor das hipóteses”, revela Rondão Almeida, só a partir de maio será possível apresentar candidaturas a este programa, que tem em vista a promoção de soluções habitacionais para pessoas que vivem em condições indignas e que não têm capacidade financeira para suportar o custo do acesso a uma habitação adequada. Ainda assim, o atual executivo já “pôs a equipa técnica no terreno, para tentar negociar com os donos das propriedades e para se começar a fazer projetos para se lançar candidaturas”, remata.