Oito deputados do Partido Socialistas (PS) eleitos pelos círculos eleitorais do Alentejo (Beja, Évora, Portalegre e Litoral Alentejano) estão indignados com o que consideram “a usurpação abusiva da patente dos capotes e samarras alentejanos” e questionaram os Ministérios da Cultura e da Justiça sobre as diligências que estão a ser tomadas para a salvaguarda deste património cultural.
Numa pergunta, entregue nesta quinta-feira, dia 9, na Assembleia da República, dá-se conta de que os deputados socialistas alentejanos “foram surpreendidos pelas notícias recentemente divulgadas segundo as quais alguém terá, de forma injustificável, alegadamente, registado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial a patente dos capotes e samarras alentejanos, vestuário tradicional do Alentejo, produzido há décadas por diferentes indústrias artesanais e que constitui uma marca cultural distintiva desta região”.
Os parlamentares do PS Telma Guerreiro e Pedro do Carmo, eleitos por Beja, Luís Capoulas Santos e Norberto Patinho, de Évora, Luís Moreira Testa e Martina Jesus, de Portalegre, e ainda as deputadas Clarisse Campos e Sofia Araújo, eleitas por Setúbal (que integra o Litoral Alentejano), requerem aos Ministérios da Cultura e da Justiça “informação sobre se as notícias se confirmam e, em caso afirmativo, que diligências estão a ser tomadas para a salvaguarda da cultura regional e da atividade comercial subjacente”.
Para o deputado Luís Capoulas Santos, “os deputados alentejanos estão indignados com a usurpação abusiva do seu património cultural de forma oportunista e eticamente reprovável e querem que sejam tomadas medidas para salvaguardar esta indústria artesanal ancestral de aproveitamentos indevidos”.