Foi no início do mês passado, na segunda fase do desconfinamento, que o Monte Selvagem, em Lavre, pôde reabrir ao público, depois de um período difícil e conturbado, devido à pandemia.
Ainda assim, algumas ajudas acabaram por surgir, como doações financeiras e de alimentos, incluindo da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, que quis apadrinhar uma nova espécie do parque.
“Manter o parque” e “cumprir com todas as obrigações, com fornecedores e funcionários”, contudo, não tem sido tarefa fácil, garante a diretora do parque, Ana Paula Santos, adiantando que, mesmo assim, ninguém foi despedido. “Tivemos a sorte que alguns funcionários, também com a pandemia, abraçaram outros projetos. A equipa ficou mais reduzida e diminuímos um bocadinho os custos”, explica. “Tivemos ainda alguma compra antecipada de bilhetes, por parte dos visitantes”, acrescenta.
Tratar bem dos animais e do parque, durante o período em que estiveram de portas fechadas, foi a principal preocupação da equipa, sendo que os clientes, por esta altura, já começam a procurar o Monte Selvagem, que conta com o selo Clean & Safe, atribuído pelo Turismo de Portugal. “As pessoas têm de usar máscara nos nossos equipamentos, na loja, nas casas de banhos, no bar, mas quando andam na natureza, nos seus núcleos familiares, podem tirar”, explica Ana Paula Santos.
No decorrer deste mês de maio, Ana Paula Santos espera que as “coisas se componham”, sendo que, desde o início de abril que, apesar dos visitantes já terem começado a aparecer, “as pessoas ainda estão tímidas”.
Até aqui, e devido às restrições, o Monte Selvagem, aos fins de semana, só podia funcionar até às 13 horas. A partir deste sábado, dia 8 de maio já irá estar aberto até às 17 horas. “Vamos funcionar das 10 às 17 horas. Somos uma equipa bastante pequena e não estamos a conseguir ter os turnos para abrir até mais tarde”, justifica a diretora do Monte Selvagem.
Ao todo, o Monte Selvagem alberga mais de 300 animais de 70 espécies.