O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) acusa o Hospital do Espírito Santo de Évora de não ter contabilizado “de forma correta” os pontos a um grupo de cerca de 40 enfermeiros, no âmbito do processo de descongelamento das carreiras dos trabalhadores da Administração Pública, iniciado em 2018, pelo Governo.
De acordo com o enfermeiro Celso Silva, da direção regional do SEP, a este grupo de profissionais não foram atribuídos pontos em 2004, mas apenas de 2005 para a frente, pelo que, nesse sentido, têm procurado perceber, junto do hospital, o que levou a esta situação. Até ao momento, adianta, não obtiveram qualquer resposta.
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“Já questionámos, por diversas vezes, o Hospital de Évora, qual a fundamentação jurídica para que tenham ignorado o ano de 2004 a este grupo de colegas. O hospital vai arrastando, no tempo, uma reposta, dizendo que aguarda informação da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP)”, revela Celso Silva. “Entretanto, os colegas não têm resposta e nós também não”, acrescenta.
O sindicato e os enfermeiros exigem que o hospital responda de “forma juridicamente fundamentada” para que este grupo de enfermeiros esteja com menos pontos do que devia. “São assuntos sérios e que mexem com as vidas das pessoas”, diz ainda Celso Silva.
“Desde 2018 que a situação se arrasta e já nos parece um bocadinho demais esta desculpa, entre aspas, com a ACSS e a DGAEP. Chega a um ponto que ou há uma resposta ou não há uma resposta, e o Conselho de Administração tem de assumir uma posição juridicamente fundamentada”, alega ainda o enfermeiro.
A Rádio ELVAS, no seguimento desta queixa do Sindicato dos Enfermeiros, solicitou um pedido de esclarecimento ao Hospital de Évora, que, por escrito, explicou que “o Sindicado dos Enfermeiros Portugueses solicitou várias reuniões com o Conselho de Administração, que se realizaram, e onde foram abordadas várias questões, entre as quais a interpretação sobre a contabilização de um ponto e meio a alguns enfermeiros do Hospital do Espírito Santo de Évora”.
“Sobre esta questão, o Conselho de Administração informa que aguarda clarificação por parte da Administração Central do Sistema de Saúde, desde o início de março de 2021, situação que é do conhecimento do Sindicato. Realce-se que o Conselho de Administração tem todo o interesse que esta situação se resolva e que os profissionais não sejam prejudicados, pelo que se o entendimento da Administração Central do Sistema de Saúde for favorável quanto a esta contabilização, a situação será regularizada de imediato e com efeitos retroactivos”, alega ainda o hospital.
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