O Dia Mundial do Rim assinala-se hoje. O rim é o principal órgão do sistema excretor uma vez que filtra produtos do metabolismo presentes na corrente sanguínea, e os excretam, com água, na urina.
No sentido de alertar para a importância do rim no corpo humano e para a questão da doença renal crónica, a Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL) lançou a campanha “A vitória contra a doença renal começa na prevenção”, que conta com a colaboração, além de outras entidades, da Sociedade Portuguesa de Nefrologia.
Aníbal Ferreira, presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia, explica que a doença renal crónica é uma doença muda. Não dá sintomas até molestar. Na maior parte dos casos, até já te r uma evolução irreversível, para estados mais graves, o doente não se apercebe da gravidade da insuficiência renal”.
“Num país como Portugal, nós temos entre 800 mil a um milhão de pessoas com insuficiência renal o que quer dizer que 8 a 10 por cento da população já tem um compromisso da função renal superior ou mais grave do que deveria ter só pelo envelhecimento”, explica o responsável.
As chamadas doenças da civilização mais contemporânea são as principais causas de insuficiência renal, “nomeadamente a diabetes que é responsável por mais de 50 por cento dos casos de insuficiência renal. Depois temos a hipertensão, a toma excessiva de anti inflamatórios e analgésicos e as doenças hereditárias”.
É importante que as pessoas percebam que “o rim é o órgão responsável pela eliminação de tudo aquilo que nós não precisamos no nosso organismo. Os rins purificam o sangue e, para dar ideia da sua importância, cerca de 25 por cento do sangue que é bombeado pelo coração passam pelos rins”.
A campanha “A vitória contra a doença renal começa na prevenção” conta com o apoio da Associação de Doentes Renais de Portugal, da Associação Portuguesa de Enfermeiros de Diálise e Transplantação, da Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, da Sociedade Portuguesa de Nefrologia e da Sociedade Portuguesa de Transplantação.
A doença renal crónica caracteriza-se pela deterioração lenta e irreversível da função dos rins. Como consequência da perda desta função, existe retenção no sangue de substâncias que normalmente seriam excretadas pelo rim, resultando na acumulação de produtos metabólicos tóxicos no sangue (azotemia ou uremia). Os doentes com diabetes, hipertensão arterial, obesidade e historial familiar de doença renal podem estar em risco de desenvolver esta doença.