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Elvas e Campo Maior associam-se ao “Outubro Rosa” com as habituais caminhadas de sensibilização

Imagem: Liga Portuguesa Contra o Cancro – Portalegre

Elvas e Campo Maior são duas das localidades do distrito de Portalegre que, através das habituais caminhadas, se voltam a associar ao “Outubro Rosa”, movimento que nasceu nos anos 90, nos EUA, com o intuito de inspirar a mudança e mobilizar a sociedade para a luta contra o cancro da mama.

Em Elvas, a caminhada realiza-se já na manhã deste domingo, dia 19. A caminhada tem concentração marcada para as 9h30, na Praça da República, de onde parte, meia hora depois, terminando no Parque da Piedade. No caso de Campo Maior, a caminhada, para a qual as inscrições ainda se encontram abertas no Centro Comunitário, está agendada para dia 25, com partida às 9h30 do Jardim Municipal.

O grande objetivo deste “Outubro Rosa”, tal como explica Cristina Bruno, coordenadora do Grupo de Apoio de Portalegre da Liga Portuguesa Contra o Cancro, é consciencializar para a importância da realização de rastreios, com vista à prevenção e diagnóstico precoce deste tipo de tumor. Pese embora o maior número de casos registados, e “cada vez em mulheres mais jovens”, o rastreio, garante a responsável, tem permitido uma maior resposta em tempo útil.

“O rastreio, que é uma ação nacional e que está em todo o lado, incluindo no distrito de Portalegre, através daquilo que normalmente as pessoas chamam de carrões, mas que são as unidades móveis  que, apesar do seu aspeto de caravana, lá dentro têm material e aparelhagem topo de gama. A grande diferença é que os exames que as senhoras fazem, agora numa faixa etária mais alargada – agora começa aos 45 anos – são vistos por dois médicos às escuras, como nós costumamos dizer, ou seja, dois médicos separadamente analisam aquele exame e fazem o relatório. Se o relatório não for coincidente, a senhora é chamada a ir a Lisboa fazer mais exames”, explica Cristina Bruno, alertando que para o facto de que, em muitos casos, e sem necessidade para alarmismos, está apenas em causa “uma má imagem ou dúvida”. “De qualquer das maneiras, é sempre importante fazer este rastreio”, assegura.

As caminhadas, que acontecem um pouco por todo o país, são a atividade mais visível deste “Outubro Rosa”, para as quais os participantes devem adquirir as famosas t-shirts cor de rosa. “As pessoas adquirem, a troco de donativo, as t-shirts cor de rosa, que a cada ano são diferentes, e depois organizam-se e juntam-se para fazer a caminhada. Este ano vamos ter em Elvas, Portalegre, Campo Maior, Monforte e vamos ter em algumas localidades em que algumas associações também que se quiseram juntar e que vão fazer essa caminhada. No fundo, é chamar a atenção, que é esse o objetivo, é ver a mancha rosa, é que as pessoas vejam e que sejam alertadas para a importância de uma deteção precoce do cancro da mama”, adianta a responsável.

Toda a verba angariada com as t-shirts serve para financiar a atividade da Liga Portuguesa Contra o Cancro, à semelhança do que acontece com o peditório anual, dado que a associação não recebe qualquer tipo de subsídio. No que toca ao cancro da mama, o grupo de apoio de Portalegre, adianta Cristina Bruno, fornece de forma gratuita, as cabeleiras, os sutiãs e as próteses. “A primeira vez que alguém necessita de um sutiã pós-cirúrgico ou de um sutiã com uma prótese, o primeiro é oferecido, quer a pessoa tenha ou não insuficiência económica”, esclarece. “A partir daí, quem pode pagar, paga, porque àqueles que não podem pagar, nós não cobramos absolutamente nada”, acrescenta. “Também é bom dizer que o preço que nós praticamos para quem pode pagar é o preço de custo, ou seja, a Liga não ganha dinheiro ao disponibilizar as próteses ou sutiãs”, remata Cristina Bruno.

Também alguns municípios, como o de Campo Maior, que por esta altura tem a Fortificação Abaluartada iluminada de rosa, têm vindo a procurar, dessa forma, a chamar a atenção para a importância do diagnóstico precoce do cancro da mama.

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