
Uma instalação da falecida artista plástica Ana Vieira está exposta no Paiol de Nossa Senhora da Conceição, desde a tarde deste sábado, 3 de maio.
Trata-se da obra In/visibilidades de 2008 que foi montada no centro do Paiol e projeta uma imagem que tem na face posterior um espelho onde o visitante também pode interagir com a peça. Para além de Elvas, passou por S. João da Madeira, Braga e Guimarães, num projeto do Centro de Arte Oliva.
Uma das três curadoras deste projeto, Antónia Gaeta, disse aos nossos microfones que “o objetivo é mostrar a obra de Ana Vieira que após a sua morte não tinha sido exposta. A artista faleceu e o espólio ficou à guarda dos herdeiros, Miguel e Paula Nery e não tínhamos instruções. Foi um desafio. Começámos há três anos a estudar toda a documentação que a artista deixou sobre as instalações. Conversámos com muitos técnicos e outros curadores que trabalharam com a Ana noutros projetos e, só assim, conseguimos perceber o que falta fazer para conhecermos os trabalhos.”

“Tratam-se de instalações, como esta que é um vídeo, e outros eram peças de som, também há esculturas, mas basicamente eram misturas entre vídeo e instalação, num arco temporal muito vasto, de 1976 até 2016”, acrescentou a curadora que referiu ainda “em Elvas, decidimos usar apenas uma única obra, porque era aquela que melhor se adaptava ao espaço (NR: Paiol de Nossa Senhora da Conceição) e a importância é poder ver uma artista muito importante para arte contemporânea portuguesa e não só. É uma obra vídeo que exige também a participação dos visitantes”.
Este projeto “Ana Vieira: Cadernos de Montagem” tem também como curadoras Astrid Suzano e Sofia Gomes.
Ana Vieira (1940-2016) é uma das artistas mais influentes da história da arte portuguesa. Ao longo de quatro décadas, produziu um corpo de trabalho marcado sobretudo por instalações ambientes de caráter cénico e teatral, incorporando elementos e materiais (fonte: folheto da exposição)
A instalação pode ser visitada até 28 de junho, no Paiol de Nossa Senhora da Conceição, sendo necessário solicitar no Museu de Arte Contemporânea que um dos técnicos acompanhe o visitante ao local da instalação.








