O Movimento Cívico por Elvas (MCPE), num comunicado em que “reafirma o seu empenho no futuro do concelho de Elvas e o seu apoio incondicional ao presidente Rondão Almeida”, dirige-se aos candidatos à Câmara e à Assembleia Municipal de Elvas, nas autárquicas deste ano, pelo Chega, para esclarecer algumas das promessas feitas numa entrevista: “a proposta de reduzir o IMI para 1 ponto, a rescisão do contrato com a Aquaelvas e a intenção de afastar os políticos da gestão do município”.
No que toca ao IMI, o MCPE lembra que a proposta do Chega é “ilegal”. Relativamente à rescisão do contrato com a Aquaelvas, “é necessário destacar que tal medida implicaria uma indemnização de dezenas de milhões de euros à empresa”. “No que toca à intenção de afastar os políticos da gestão da nossa cidade, gostaríamos de relembrar que, atualmente, o município é liderado por um movimento cívico independente, ao passo que os estimados amigos representam um partido político, designadamente o Chega”, diz ainda o MCPE.
O comunicado para ler na íntegra:
“O MCPE – Movimento Cívico por Elvas, no seguimento da publicação do Sr. Presidente da Câmara, José António Rondão Almeida, vem, não só subscrever integralmente as suas palavras, como também reforçar a nossa posição com relação aos assuntos abordados.
Estimados amigos Eng. José Eduardo e José Eurico, antes de mais, queremos dar-vos as boas-vindas pela vossa candidatura aos órgãos municipais da nossa cidade. Desejamos que possam contribuir para o enriquecimento do debate de ideias, apresentando projetos que tragam verdadeiras mais-valias ao nosso concelho.
Considerando que, na vossa primeira entrevista, foram feitas algumas promessas que carecem de maior esclarecimento para assegurar que a população esteja devidamente informada, gostaríamos de abordar as seguintes questões: a proposta de reduzir o IMI para 1 ponto, a rescisão do contrato com a Aquelvas e a intenção de afastar os políticos da gestão do município.
No que diz respeito ao IMI, é importante salientar que a legislação em vigor permite às autarquias aplicar uma taxa entre 0,3 e 0,45 em prédios urbanos. No caso da Câmara de Elvas, a taxa aprovada no orçamento de 2025 é de 0,35. Assim, a vossa proposta seria ilegal e, por conseguinte, inexequível.
Relativamente à rescisão do contrato com a Aquelvas, é necessário destacar que tal medida implicaria uma indemnização de dezenas de milhões de euros à empresa. Este valor, como é do vosso conhecimento, não seria financeiramente sustentável, mesmo que se recorresse a um empréstimo.
Por fim, no que toca à intenção de afastar os políticos da gestão da nossa cidade, gostaríamos de relembrar que, atualmente, o município é liderado por um movimento cívico independente, ao passo que os estimados amigos representam um partido político, designadamente o Chega.
Concluímos reiterando o nosso compromisso em acompanhar de perto todos os assuntos que afetam o concelho, para garantir que os elvenses sejam bem informados e possam decidir com base em promessas realistas e devidamente fundamentadas. É nossa convicção que todos os que assumem responsabilidades públicas devem comprometer-se apenas com propostas para as quais existam os recursos necessários à sua concretização. Só assim será possível restaurar a confiança dos cidadãos nos seus representantes.
O MCPE reafirma, deste modo, o seu empenho no futuro do concelho de Elvas e o seu apoio incondicional ao Presidente Rondão Almeida.
Elvas sempre.”