A Liga Portuguesa Contra o Cancro realiza, até 27 de fevereiro, rastreios gratuitos do cancro da mama em Elvas.
Este rastreio destina-se a mulheres entre os 50 e os 69 anos, que são convidadas a realizar uma mamografia na unidade móvel, localizada junto ao Centro de Saúde, disponível de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas.
Com a realização destas mamografias, começa por explica coordenadora voluntária do Grupo de Apoio de Portalegre da Liga, Cristina Bruno, procura-se detetar, “o mais precocemente possível, as fases pré-malignas ou pré-assintomáticas”, sendo este exame “diferente de todos os outros”, uma vez que “é de base populacional”.
O rastreio dirige-se a mulheres que não tenham qualquer alteração na mama, que não tenham próteses mamárias, que não tenham realizado mastectomia e que nunca tenham tido cancro da mama. Ainda que a faixa etária elegível para a realização do rastreio tenha já sido alargada a mulheres dos 45 aos 74 anos, a medida ainda não entrou em vigor.
As mulheres entre as idades compreendidas entre os 50 e os 69 anos, refere Cristina Bruno, “são convidadas por carta, pela Liga Portuguesa Contra o Cancro, a fazer o exame de diagnóstico”. Caso alguma mulher não receba a convocatória, “pode sempre apresentar-se na Unidade Móvel ou contactar o Grupo Apoio de Portalegre da Liga Portuguesa Contra o Cancro, através dos números 915 999 890 ou 245 009 299”.
Feito o rastreio, o exame é estudado “por dois médicos radiologistas especialistas em senologia”. “Este exame é visto às escuras, ou seja, não há comunicação entre os dois médicos. No caso dos dois relatórios não coincidirem, a mulher é chamada para uma consulta clínica de aferição”, esclarece Cristina Bruno, lembrando que muitas mulheres ficam assustadas quando são convocadas para esta consulta. No entanto, “esta chamada não significa que tenha cancro, podendo apenas existir uma dúvida, que é muito importante clarificar”.
Caso a suspeita do diagnóstico de cancro se confirme, a Liga Portuguesa Contra o Cancro “continua com o processo e encaminha a mulher para o hospital de referência da zona de residência”.
O último rastreio, em Elvas, realizado em 2023, teve um taxa de participação de 64%: foram convocadas 3.489 mulheres , das quais apenas 2.248 compareceram. “Entre as 2.248 mulheres rastreadas, só sete foram encaminhadas para tratamento hospitalar”, revela ainda Cristina Bruno.
Cada mulher deverá realizar este rastreio de dois em dois anos. De recordar que o cancro da mama é o mais comum entre as mulheres. Em Portugal, anualmente, são detetados cerca de 6.000 novos casos de cancro da mama e aproximadamente 1.500 mulheres morrem com esta doença.