Com um crescimento turístico “acima da média nacional”, com um aumento, não só em termos de procura, mas também de oferta, a região Alentejo tem batido recordes, “ano após ano”.
Só nos últimos tempos, lembra o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, José Manuel Santos, abriram quatro novos hotéis na região. Por outro lado, e de acordo com os últimos dados divulgados, referentes ao mês de agosto, adianta o responsável, o Alentejo foi a região do país que, ao nível do mercado interno, mais cresceu. “Na procura consolidada, entre procura interna e externa, fomos o segundo destino que mais cresceu”, revela.
“Nos oito primeiros meses do ano, estamos a crescer acima da média nacional. Há um abrandamento geral de todo o país, até com algum abrandamento da procura internacional, mas de qualquer forma eu acredito que o destino (Alentejo) vai continuar neste percurso muito positivo”, adianta José Manuel Santos.
Évora continua a ser o pólo principal de atração de turistas à região, sendo que o objetivo da Entidade Regional de Turismo é conseguir equilibrar a distribuição daqueles que procuram o Alentejo, que se foca muito em cerca de dez concelhos. Para isso, garante, é preciso, por um lado, “que apareça mais alojamento turístico em zonas menos robustas”, e, por outro, “tentar levar os turistas a áreas mais interiores, onde há alojamento, mas onde não há tanto fluxo turístico”.
A par de Évora, o Alentejo Litoral, com destaque para Grândola, Sines, Santiago e Alcácer, tem registado “um crescimento muito significativo de dormidas”. No Alto Alentejo, o crescimento tem sido “mais suave”, até porque “a oferta turística não tem crescido ao nível de toda a NUT II”. No que toca ao Alqueva, José Manuel Santos diz que, apesar da “muita procura”, esta zona não tem ainda uma capacidade hoteleira significativa.
As perspetivas, até final do ano, no turismo do Alentejo, são “muito boas”, com “um incremento também da procura internacional”. “Estamos a trabalhar para 2025, um ano que vai ser muito exigente e desafiante, quer na procura doméstica, quer nos mercados internacionais”, remata.