“A Enfermagem está doente!” É este o mote para a greve dos enfermeiros que decorre durante o mês de agosto, ao ritmo de uma região por dia. No Alentejo, a paralisação está agendada para esta sexta-feira, 9 de agosto, das 12 às 16 horas.
Em dia de greve, nos turnos da manhã e tarde, os profissionais de saúde vão estar concentrados à porta do Hospital de Évora, às 12h30.
Integrado no mês de lutas regionais, e por ainda não terem visto os temas que há muito são reivindicados pelos enfermeiros merecerem quaisquer resoluções por parte do Governo, os enfermeiros deverão parar a maior parte dos serviços hospitalares. Em Viseu, por exemplo, o bloco operatório foi encerrado e as cirurgias de ambulatório canceladas.
Passados mais de 100 dias da tomada de posse da ministra da Saúde, e apesar da insistência do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) através do caderno reivindicativo, cartas e reuniões, “o Governo não resolveu um único dos problemas mais prementes com que os enfermeiros estão confrontados”: “Comprometeu-se a entregar uma proposta de tabela salarial há mais de um mês e tem vindo a adiar sucessivamente, propõe uma alteração à grelha salarial inaceitável, que contraria a retórica do programa do Governo e dos Partidos que o compõem sobre a necessidade de valorização dos enfermeiro, nada sobre os outros aspetos que urge alterar na carreira (aposentação mais cedo, compensação do trabalho por turnos, resolução de injustiças decorrentes da transição)”.
Os enfermeiros entendem que existem “dois pesos e duas medidas para uma mesma classe profissional”, uma vez que “precariedade e dualidade de critérios na contabilização do tempo de serviço” surge na base do “descontentamento”.