No Auditório São Mateus estiveram presentes quase 50 comerciantes do centro histórico, seguindo a convocatória pública do Município de Elvas para debater o presente e futuro da cidade de Elvas.
O presidente da Câmara de Elvas, Rondão Almeida expôs algumas das suas propostas, nomeadamente, o apoio ao comércio através da injeção de 75 mil euros nas compras de Natal e mais 75 na época da Páscoa; a possibilidade dos beneficiários dos apoios sociais virem a realizar a aplicação dos apoios em compras no comércio do concelho; colocação de vídeo vigilância nas principais artérias da cidade; e a possibilidade ter seguranças privados no auxilio da segurança. Esta última possibilidade foi descartada já anteriormente a conselho da PSP de Elvas.
Também João Pires, presidente da Associação Empresarial de Elvas deu os seus contributos, em especial com as linhas disponíveis para novos negócios.
A plateia colocou questões de segurança, nomeadamente alguns furtos e a última tentativa de roubo numa ourivesaria que causaram algum alarme nos comerciantes e população em geral.
O ambiente chegou a ficar exaltado perante algumas intervenções mais tensas e só acalmou com a saída de alguns dos presentes. A troca de palavras com Rondão Almeida ultrapassou o limite da discussão normal e entrou pelo campo das acusações que prolongaram a sessão para outros temas laterais.
O novo Comandante da Divisão Policial de Elvas, subintendente Pedro Velho, teve oportunidade de explicar que o número de queixas diminuiu em relação ao ano anterior e que os furtos se devem à ação de alguns jovens já devidamente identificados pela polícia e que o caso menos normal foi a tentativa de roubo, a que a PSP teve oportunidade de acorrer com rapidez, mas tendo o crime sido realizado por indivíduos sem residência em Elvas. “A sensação de insegurança depende de cada pessoa, é uma perceção que o cidadão pode ter ou não, em determinada situação” disse aos presentes Pedro Velho.
O novo comandante explicou que a ação da PSP é maioritariamente preventiva e que os cidadãos também devem fazer a sua parte, no caso dos comerciantes, com alarmes e câmaras de vigilância nos seus estabelecimentos, mostrando-se totalmente colaborante com os comerciantes e elvenses em geral, no combate a situações menos corretas, como é caso do ruído e no combate ao crime.
Abel Cortes, um dos comerciantes mais antigos no centro da cidade disse aos nossos microfones que “lamento não se ter conseguido discutir alguns dos assuntos que aqui nos trouxeram”.
Rondão Almeida finalizou a reunião que começou às 19.30 horas e terminou as 23 horas, com o convite a alguns dos presentes para que formem um grupo que possa criar ideias e ajudar a Câmara a potenciar o desenvolvimento de Elvas.
O presidente da Câmara disse que “as propostas que aqui trouxe não foram contestadas e ainda fiz o desafio para termos mais ideias que possam ajudar a nossas cidade”.