Ousadia e muita animação dos “Sou Filho Único” no Carnaval de Elvas

O grupo “Sou Filho Único” está de regresso ao Carnaval Internacional de Elvas para, como de costume, levar a habitual ousadia, mas também muita animação, até às ruas do centro histórico da cidade, entre os dias 10 e 13 de fevereiro.

O objetivo do grupo, formado por 12 homens, e aos quais já se vão juntando os filhos, que, por esta ocasião, se vestem de mulheres, explica um dos seus elementos, Pedro Ortiz, é sempre “brincar com temas da atualidade”. “Tentamos fazer uma sátira a um tema que esteja na berra”, assegura, lembrando que, no ano passado, foi precisamente isso que fizeram com as polémicas, na altura, em torno da TAP.

Aos 12 homens do grupo, este ano, juntam-se mais 12 crianças e ainda o DJ, o único que se veste de homem. Sem querer revelar a temática que escolheram para esta edição do Carnaval, António Vinagre, outro dos foliões do grupo, garante que, como é já tradição, não vão faltar os saltos altos, as cabeleiras e todos os acessórios possíveis e imaginários. “Não divulgamos o nosso tema para que as pessoas fiquem mais expectantes”, explica.

Para que “não se perca o conceito” do grupo, revela Pedro Ortiz, e apesar de serem muitos aqueles que, ano após ano, pedem para fazer parte do mesmo, todos esses pedidos têm sido recusados. Os únicos que têm “luz verde” para integrar o grupo são os filhos de cada um dos elementos, até porque um dos objetivos é que os mais novos não deixem morrer o espírito do “Sou Filho Único”.

Pedro Ortiz, através dos microfones da Rádio ELVAS, lança ainda o desafio aos restantes elementos do grupo para que, e à semelhança do que fizeram no ano em que foram os reis do Carnaval, possam apresentar uma coreografia ao público no decorrer da gala no Coliseu. “Temos o convite da Câmara, gostava imenso de repetir e eu batalho muito para irmos outra vez. Tenho uma ideia espetacular para meter aquilo tudo ao rubro, mas há cinco ou seis elementos, aquela casca assim mais dura, que não se deixam influenciar por mim e não querem ir”, revela, garantindo que, numa semana, conseguia meter todo o grupo a dançar.

A entrevista a Pedro Ortiz e António Vinagre para ouvir no podcast abaixo: