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João Moura condenado a pena suspensa por maus-tratos e morte de galgos

Foto: CNN Portugal

O cavaleiro João Moura foi ontem, quarta-feira, dia 24 de janeiro, condenado a pena de prisão suspensa de quatro anos e oito meses, por ter maltratado perto de duas dezenas de galgos, um dos quais morreu.

Na última sessão do julgamento, no Tribunal de Portalegre, o cavaleiro assumiu pela primeira vez “uma parte da responsabilidade”, alegando que, na altura, passava uma fase económica “menos boa”, tendo pedido desculpa pelo sucedido.

O relatório veterinário que foi feito, na altura, no que diz respeito aos maus tratos referia “feridas infligidas”, não se sabe se por outros animais se por pessoas, “dermatites e escoriações”.

A sentença determina ainda, para além da pena de prisão suspensa, o pagamento de mil euros a cada uma das três associações que recolheram os animais e a submissão a um plano de ressocialização e a acções de formação. Como penas acessórias, João Moura fica também proibido de deter animais de companhia, por um período de cinco anos e de participar em feiras e mercados nos próximos três anos.

A juíza que proferiu a sentença usou os termos “crueldade” e “desumanidade” para se referir ao sucedido.

De recordar que os factos julgados ocorreram na herdade de João Moura, em Monforte, em 2020. Depois de vários galgos se terem soltado e ido parar à estrada, militares da GNR entraram na propriedade do cavaleiro e depararam-se com um cenário inimaginável. As imagens dos galgos esqueléticos e em condições de higiene e sanitárias deploráveis, que na época, chocaram o país.

Dizia a acusação do Ministério Público, que lhe imputou 18 crimes de maus tratos, que durante pelo menos dois meses João Moura privou os animais de acesso a água e comida em quantidade suficiente, bem como de alojamento limpo, de quaisquer cuidados de saúde e higiene, vacinação e desparasitação, mantendo-os “em situação de desconforto permanente, sede, fome e sofrimento”.

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