A construção da variante a Bencatel, na estrada entre Vila Viçosa e Redondo, pode ter financiamento comunitário, ao abrigo do Portugal 2030.
A garantia foi dada pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, no âmbito da sua visita a Vila Viçosa, onde adiantou que “certamente será possível enquadrar este projeto no âmbito do Portugal 2030, no âmbito dos Passivos ambientais, porque esta é uma acessibilidade, numa zona de pedreiras que vão ser desativadas, sendo essa variante necessária para recuperar esse território, e certamente será possível enquadrar este projeto no âmbito do Portugal 2030”.
Questionada sobre quando poderá ter início esta obra, Ana Abrunhosa revela que tudo depende das obras que o município tem em execução, mas poderá ter início já no próximo ano. “Não conseguimos dizer uma data, porque neste momento estamos a concluir os regulamentos do Portugal 2030, mas diria que em 2024 é muito possível que a obra se comece mas, isso depende também da disponibilidade financeira do Município de Vila Viçosa, depois da abertura do aviso por parte da CCDR, tem que haver uma candidatura, por isso 2024 parece-me uma boa altura para se começar a obra”.
O Plano de Intervenção das Pedreiras, na zona dos mármores, está também em curso, revela ainda a ministra, indicando que “a avaliação está a ser feita pela DGEG, mas onde também se pretende incluir a avaliação dos municípios, e portanto quando tivermos condições para apresentar viremos ao território para falar com os presidentes de Câmara de Borba, Vila Viçosa e Estremoz, porque as pedreiras são muito importantes neste território”.
Já para Inácio Esperança, presidente da Câmara Municipal de Vila Viçosa, esta reconstrução da acessibilidade a Bencatel “é muito importante, bem, como resolver os passivos ambientais existentes que levam a que haja dificuldade na acessibilidade à aldeia, assim como resolver a questão da ETAR de Vila Viçosa, que como é do conhecimento geral, está em incumprimento já há vários anos e queremos resolver a situação de uma vez por todas”.
Relativamente a datas para começo da obra, o autarca revela que primeiro têm de ser resolvidas algumas questões, para depois se avançar com a obra propriamente dita, que é muito importante para a população. “Não depende só de nós, mas no que depender de nós, queremos avançar rapidamente, e é importante recuperar a acessibilidade quer à zona de exploração, quer a Bencatel, porque a aldeia esteve isolada durante vários meses e existem três anos, que é a data limite da suspensão temporária e parcelar do PDM que fizemos e portanto temos que resolver esta questão das acessibilidades, recuperar os passivos ambientais e permitir que as pessoas circulem no território”, remata.
O Projeto da Variante da Zona Industrial Consolidada a Bencatel foi apresentado à ministra da Coesão Territorial, no âmbito da sua visita a Vila Viçosa, na passada sexta-feira, onde garantiu a possibilidade de financiamento, no âmbito do Portugal 2030, para essa variante.