A Polícia de Segurança Pública (PSP) monitoriza permanentemente as evoluções na dinâmica da circulação rodoviária urbana, nomeadamente quanto à circulação de bicicletas, trotinetes e veículos similares, considerando a sua maior utilização urbana, seja por motivos lúdicos ou para deslocações essenciais.

A tendência de aumento da utilização destes veículos acarreta questões relativas à segurança rodoviária, uma vez que os seus condutores partilham as vias de circulação com os demais utentes, sejam peões ou outros veículos, nomeadamente motorizados.

Neste sentido, entre os dias 30 de maio e 5 de junho, a PSP desenvolveu uma ação de promoção da segurança rodoviária denominada Operação Mobilidade Ativa em Segurança, com o intuito de intensificar a fiscalização dos condutores de velocípedes e trotinetes, bem como dos demais veículos equiparados.

A operação visou contribuir para o esclarecimento geral da sociedade relativamente às regras de circulação deste tipo de veículos, tendo sido adotadas como estratégias de atuação, tanto a sensibilização dos seus utilizadores, como a repressão dos comportamentos de maior risco, potenciados de sinistralidade grave.

Foram fiscalizados 1114 condutores, dos quais 723 velocípedes, 340 de trotinetes e 51 outros veículos equiparados a velocípedes.

No decorrer desta fiscalização foram registados 24 autos de contraordenação a condutores de velocípedes e equiparados, dos quais dois por desrespeito do sinal vermelho do semáforo; dois por posicionamento incorreto da marcha; quatro por uso de telemóvel durante condução; e dois por uso de auscultadores durante a condução.

O período desta operação foi deliberadamente enquadrado na celebração do Dia Mundial da Bicicleta (dia 3 de junho), efeméride à qual a PSP se quis associar através do seu contributo para a segurança rodoviária de todos os utilizadores da via pública, no geral, e dos condutores de velocípedes e equiparados, em particular.

Com o intuito de promover a sensibilização das pessoas para a problemática da segurança rodoviária, principalmente os mais jovens, futuros condutores, a PSP efetua várias ações de sensibilização junto da comunidade escolar, nos estabelecimentos de ensino da sua área de responsabilidade, subordinadas ao tema “Prevenção e Segurança Rodoviária”.

Nos últimos cinco anos letivos foram efetuadas 11 242 ações de sensibilização referentes a este tema, que contaram que a participação de 273 707 alunos, professores e auxiliares de educação.

A PSP apela a todos os cidadãos que, diariamente ou casualmente utilizam estes veículos, que o façam “com respeito pelos demais utentes da via pública, quer para a sua segurança quer para a segurança de terceiros”.

A CERCI Portalegre recebeu o contrato de comparticipação financeira do projeto aprovado referente à Resposta Residência de Autonomização e Inclusão (RAI), no âmbito do Programa de Requalificação e Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais do PRR, entregue pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e pela secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes.

Com este contrato, que será assinado por Luís Miguel Cardoso e Maria da Conceição Bagina, da direção da CERCIPORTALEGRE, estão reunidas as condições para a construção de uma Residência de Autonomização e Inclusão, com capacidade para cinco utentes, representando um montante de investimento público global do PRR de 177. 500 euros.

A criação desta resposta social de natureza habitacional pretende fazer face às necessidades e expetativas das pessoas com deficiência ou incapacidade, que precisam de construir o seu projeto de vida independente e sustentável, sendo uma resposta habitacional que se fundamenta num modelo que concentra a sua atuação nos princípios da autodeterminação, autonomia e inclusão, procurando identificar, responder e adequar o tipo e a intensidade do apoio às necessidades e aos diferentes contextos das áreas da vida dos residentes.

Como equipamento construído de raiz, aposta na criação de cinco novos lugares, para alojamento residencial, cujos beneficiários são pessoas com deficiência ou incapacidade, com competências para poderem viver de forma independente, garantindo as condições para a concretização de um projeto de vida autónomo e inclusivo.

A RAI junta-se ao projeto de Habitação Colaborativa “InterGerAções”, já aprovado, e que também será financiado pelo PRR, que se institui como um projeto-piloto a nível nacional, uma resposta social inovadora, marcada pela intergeracionalidade, entre os beneficiários, pais e filhos, idosos e mais jovens, com deficiência, traduzindo-se num conceito de abrangência familiar e comunitária, com um equilíbrio entre uma nova abordagem à deficiência e à terceira idade.

Os projetos da Habitação Colaborativa e da Residência de Autonomização e Inclusão foram definidos como prioridades estratégicas pela Direção da CERCI Portalegre, face às solicitações das famílias dos seus utentes e aos novos pedidos que tem recebido, constituindo respostas indispensáveis a necessidades prementes da região.

O Movimento de defesa do Hospital São Paulo, em Serpa, em comunicado enviado à nossa redação, revela que teve conhecimento que a urgência deste Hospital fechou às 15.30 horas de ontem, sexta-feira, 9 de junho, sem data para reabrir, alegadamente, “pela falta de pagamento aos profissionais de saúde desta instituição”.

Ao que este movimento apurou “os médicos que prestam serviço na Urgência só voltarão ao trabalho quando lhes forem pagos os vencimentos em atraso, pelo que este serviço continuará encerrado nos próximos dias”.

De recordar que, o Hospital de São Paulo foi entregue à Misericórdia em 2015 e desde aí que o serviço “se tem degradado constantemente nomeadamente com o fecho do serviço de urgência no período noturno desde 2022, (mesmo no período diurno o hospital encontra-se fechado diversas vezes), a ausência de meios complementares diagnóstico e a inexistência de consultas externas conforme estava previsto no Acordo de Cooperação assinado entre o Ministério da Saúde, a ULSBA e a Misericórdia”.

O Movimento em Defesa do Hospital de São Paulo considera “ inadmissível a situação a que este Hospital chegou com a total conivência do Ministério da Saúde que sabendo de todos estes problemas permite a população deste concelho chegue à porta de um serviço de urgência e este se encontre fechado e que os trabalhadores da instituição continuem a ter salários em atraso”.

Por isso, o movimento exige que o Governo “assuma as suas responsabilidades e reverta de imediato o Hospital de São Paulo em Serpa para o Serviço Nacional de Saúde com todos os profissionais necessários ao seu pleno funcionamento 24 horas por dia” e, não aceita que “continuem a brincar com o acesso à saúde desta população”.