Com um papel de defesa dos animais errantes e consciencialização das pessoas sobre a adoção responsável, a Associação Amigos dos Animais de Campo Maior atua no concelho há sete anos.
Numa união de forças que resulta da boa vontade dos voluntários, a responsável da associação sem fins lucrativos, Mafalda Ensina, explica que a missão dos Amigos dos Animais de Campo Maior é a de “consciencializar as pessoas sobre o que é uma adoção responsável, para pensarem bem porque os animais também têm problemas de saúde e podem ficar doentes, precisam de atenção, de ir à rua, precisam de estar identificados”.
“Tentamos também ensinar as pessoas porque ainda há uma maneira antiga de pensar, que o cão pode andar às soltas pela rua e não é o caso”, acrescenta.
Apesar das ajudas do município e outras entidades, Mafalda Ensina admite que é difícil manter o projeto vivo.
“Somos poucas mulheres que levamos este projeto para a frente, e torna-se difícil, como foi agora com o caso do Valentim, que tivemos de ir com ele para Lisboa. Todas temos as nossas vidas e às vezes acontecem coisas, e o facto de sermos só quatro ou cinco mulheres às vezes é difícil”, diz.
A responsável pela associação sem fins lucrativos apela às pessoas para que sejam voluntárias do projeto.
“Ao fim de semana, combinem connosco, apareçam, vão passear os cães, só o passear já é muito bom. E outra coisa muito fácil é o simples partilhar. Hoje em dia toda a gente usa o Facebook ou o Instagram. Temos cães lindíssimos, todos estão esterilizados, têm as vacinas, têm tudo como deve ser. Falta-lhes mesmo é uma família para lhes dar uma oportunidade”, refere.
Atualmente, com 11 cães no abrigo, a esterilização é um dos desafios com que a associação se depara diariamente.
“A esterilização dos animais é um grande problema que temos porque as pessoas queixam-se que é muito caro. As pessoas têm que perceber que estas operações são realizadas por médicos veterinários e é para o resto da vida, gasta-se este dinheiro e está o problema resolvido. É importante [a esterilização] porque quem sabe a realidade de Portugal, da Europa e do mundo, há demasiados animais abandonados e simplesmente não há pessoas suficientes para adotar”, expõe Mafalda Ensina, que considera que atualmente ter um animal “não é para todos. É um privilégio ter um animal”.