O Portalegre Jazzfest – Festival Internacional de Jazz de Portalegre está de regresso, com a sua 18ª edição a decorrer de 27 a 29 de abril, no Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre (CAEP) e também noutros locais da cidade, com uma programação eclética, descentralizada e recheada de jovens promessas e de nomes conceituados do panorama europeu e mundial do jazz contemporâneo.

A abrir o 18º Portalegre Jazzfest, o auditório do Museu da Tapeçaria de Portalegre – Guy Fino recebe, no dia 27, num concerto de entrada livre, Margaux Oswald, pianista de origem franco-filipina, a residir atualmente em Copenhaga, na Dinamarca, expoente europeu da arte da improvisação livre.

O seu álbum “Dysphotic Zone”, lançado pela Clean Feed Records, foi eleito um dos melhores álbuns a solo de 2022, pela New York City Jazz Record e foi eleito o 10º álbum internacional do ano, pela Jazz.pt.

A noite inicial do JazzFest tem lugar no Centro de Congressos da Câmara Municipal, também na quinta-feira, com o regresso do Sax Alto de Ricardo Toscano, desta vez num trio, com Romeu Tristão, no Contrabaixo e João Pereira, na Bateria. O Ricardo Toscano Trio virá apresentar o álbum “Chasing Contradictions”. Se em termos formais, o som do trio pode reportar aos anos de 1950 e 1960, já no que ao conteúdo diz respeito ele é sem dúvida um produto do nosso tempo, refinado e sofisticado, sem perder urgência.

Novidade este ano, será a parceria com a aKadémia Jazz, que englobará a realização de duas jam sessions, abertas a toda a população, na tarde dos dias 28 e 29 de abril, no seu espaço “Improvisos”, no Business Center de Portalegre.

Na sexta-feira, 28 de abril, “regresso à base” do JazzFest, no Grande Auditório do CAEP, que receberá dois concertos de exceção: a abrir a noite, um dos grandes nomes do jazz europeu, o baterista norueguês Paal Nilssen-Love, está de volta ao Centro de Artes, com o seu grupo Circus, projeto que traz a palco sete músicos de diferentes campos, com experiência em vários estilos: étnico, clássico, contemporâneo, jazz, free jazz, noise, pop, entre outros. Nilssen-Love compôs as músicas, mas estas são mais como mapas com liberdade para cada músico escolher direção e intensidade.

A terminar a noite de sexta-feira, mais um concerto a não perder, com o projeto Move, criado em 2022, entre Sintra e Lisboa.

Composto por Yedo Gibson, no Saxofone Tenor e Soprano, Felipe Zenícula, no Baixo Elétrico e João Valinho, na Bateria, a música dos Move não conhece limites estilísticos, traduzindo-se numa dinâmica ímpar que explora os limites da comunicação musical, viajando num inexplorado mundo que vai do free jazz ao punk rock.

Para concluir a 18ª edição do Portalegre Jazzfest em beleza, a noite de sábado no Grande Auditório do CAE promete, com o projeto João Lencastre’s Communion, que virá apresentar o seu galardoado disco “Unlimited Dreams”, saído em 2022. Este octeto, capitaneado pelo baterista e compositor João Lencastre, é um ensemble de geometria original graças à combinação de duplas de saxofones, guitarras e baixos, com o piano e a bateria a surgirem solitários, mas igualmente determinantes, com alguns dos mais experientes e criativos músicos da cena lisboeta.

O último concerto do JazzFest será o do grupo Julien Desprez Abacaxi, com a sua mescla de rock, jazz e blues.

Os Abacaxi são constituídos por Julien Desprez, na Guitarra, Jean Francois Riffaud, no Baixo Elétrico e Francesco Pastacaldi, na Bateria/Sintetizador. Este trio franco-italiano cria uma música altamente enérgica, cheia de brilho ruidoso e bordas afiadas – complementada por uma coreografia de luz.

O programa do 18º Portalegre Jazzfest engloba ainda as já tradicionais provas de vinhos e de produtos regionais, assim como a Feira do Disco e do Livro, em colaboração com a editora Clean Feed.

Os bilhetes para o Jazzfest poderão ser adquiridos no CAEP, com reservas disponíveis através do número 245 307 498. Os preços variam entre os 7€, para o concerto de dia 27 no Centro de Congressos, os dez euros, para o bilhete diário no CAEP e os 20 euros, para o Passe que permite a entrada em todos os concertos.