Professores organizam vigília pela educação esta noite em Elvas

Foto ilustrativa

“Juntos pela valorização da educação” é o mote para uma vigília pela educação, que tem lugar, esta quarta-feira, 15 de março, pelas 20 horas, na Praça da República, convocada por um grupo de professores que lecionam em Elvas.

Esta vigília, à semelhança de outras que já decorreram a nível nacional, como explica a professora Teresa Guerreiro, pretende “alertar a comunidade e a sociedade civil para os problemas que o setor da educação está a passar, alguns são em específico dos professores, mas que afetam a sociedade, que colocam em causa a qualidade do ensino e o trabalho dos professores, e tudo aquilo que se deseja para a aprendizagem dos alunos”.

A professora lembra que a luta dos docentes está relacionada com problemas de políticas educativas que têm como consequência “o facto de os professores terem inúmeras tarefas burocráticas que põem em causa a qualidade do ensino, que poderiam ser simplificadas ou entregues a outros funcionários, mas também as questões salarias, porque os professores têm congelado o seu tempo de serviço”.

Sobre a não progressão das carreiras, “existem problemas bastante graves”, revela Teresa Guerreiro, adiantando que é fácil de explicar, ou seja, “existem quotas e nem todos os professores, mesmo que tenham a classificação de muito bom, podem subir de escalão, o que é uma injustiça, por exemplo se numa turma, temos dez alunos que merecem ter o nível 5, mas que devido a quotas, só três é que poderiam ter essa nota”.

Os professores sentem, revela Teresa Guerreiro, que “as teorias pseudo pedagógicas, tomadas por cada Governo, porque cada um chega e derruba o que foi feito pelo Governo anterior e implementa outras coisas, que acabam provocar, nos professores, uma desconfiança grande porque significam um esforço que os professores sentem que é inglório e estão a trabalhar para nada, porque vai não melhorar a escola, o ensino público, nem o sucesso escolar dos alunos”.

Esta luta não é apenas dos professores”, acrescenta Teresa Guerreiro, mas sim “de toda a comunidade escolar, que se vê junta e unida nesta vigília, para quem convido também os pais e restante população a participar, porque o objetivo é que as pessoas compreendam que os problemas não são apenas dos professores, mas sim de todos”.