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Google homenageia feminista elvense Adelaide Cabete

O  Google decidiu homenagear através do seu motor de busca a feminista e ativista Adelaide Cabete, médica de formação que nasceu em Elvas no dia 25 de janeiro de 1867.

Como conta o site da empresa dedicado aos Doodles, Adelaide Cabete trabalhou na infância para ajudar a família mas, apesar disso, conseguiu aprender a ler e escrever. Depois de completar o ensino secundário aos 23 anos, Cabete acabou por se formar em medicina dez anos depois – tornando-se apenas a terceira mulher portuguesa (na altura) a fazê-lo.

 

A 10 de Fevereiro de 1886, com apenas 19 anos, casou na igreja paroquial de Santa Maria de Alcáçova, em Elvas, com Manuel Ramos Fernandes Cabette, chefe de posto de primeira classe da guarda fiscal, militante republicano e defensor dos direitos da mulheres, com 36 anos de idade e natural da Figueira da Foz, que a ajudava nas tarefas domésticas e que a incentivou a estudar, tendo-lhe oferecido como primeiro presente de namoro uma gramática. Pouco depois, em 1889, aos vinte e dois anos, Adelaide Cabete fez o exame da instrução primária, e em 1894 concluiu o curso liceal com distinção.

Um ano depois, Manuel Cabete vendeu as suas propriedades para suportar os estudos da mulher e o casal mudou-se para Lisboa, onde a par da sua instrução médica foi-se introduzindo na militância republicana e feminista.

Posteriormente, em janeiro de 1916, Manuel Cabette faleceu vítima de doença prolongada, deixando a sua esposa viúva e sem descendência. Anos mais tarde, quando lhe perguntaram qual tinha sido o acontecimento mais importante na sua vida, candidamente respondeu: “O meu marido“.

Adelaide Cabete acabou por se distinguir mais na formação da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas em 1909 e do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas em 1914. Através destas duas instituições e também da revista ‘Alma Feminina’, Cabete apoiou mulheres desfavorecidas e promoveu a sensibilização para uma melhor higiene feminina e abertura de maternidades.

Em 1924 e 1928 ajudou a organizar os dois primeiros congressos feministas, onde se defendeu direitos políticos, civis, educacionais e económicos para as mulheres, tornando-se um símbolo para futuros movimentos feministas.

Adelaide Cabete acabou por falecer em 1935.

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