O presidente da Associação de Futebol de Portalegre, Daniel Pina, garantiu esta tarde, em conferência de imprensa, que “o Villa Athletic Club cumpria todos os requisitos para participar no campeonato distrital de futebol sénior”.
De acordo com o responsável, “um clube, para se filiar na Associação de Futebol de Portalegre como em qualquer Associação de Futebol do país, tem de ser um clube legalmente constituído, com estatutos e órgãos sociais, e ter sede e campo na área de jurisdição dessa Associação. E foi o que aconteceu. O Villa Athletic Club reunia todos esses requisitos e solicitou filiação na Associação de Futebol de Portalegre que, por sua vez, submeteu na Plataforma Score toda a documentação exigida para aprovação pela Federação Portuguesa de Futebol, a qual veio a acontecer no dia 1 de agosto”.
“Não foi a Associação de Futebol de Portalegre que criou o clube. Não foi a Associação de Futebol de Portalegre que fez os estatutos do clube. Não foi a Associação de Futebol de Portalegre que elegeu os órgãos sociais do clube. Não foi a Associação de Futebol de Portalegre que arrendou uma loja em Ponte de Sor para ser a sede do clube e não foi a Associação de Futebol de Portalegre que cedeu o Estádio Municipal de Ponte de Sor ao clube”, garantiu ainda Daniel Pina.
O presidente da associação deixa “uma palavra de solidariedade aos jogadores que enfrentam dificuldades. Não foi este o projeto que foi apresentado à Associação de Futebol de Portalegre e aos clubes filiados na Assembleia Geral em Monforte, no dia 27 de agosto”.
De acordo com Daniel Pina, na primeira jornada foi informado “verbalmente e por escrito. e-mail, da falta de comparência do Villa. Já na segunda jornada, foi feita a mesma comunicação oral mas nunca chegou a ser formalizada por escrito, pelo que, eu não achei estranho clube comparecer ao jogo em Elvas. Segundo sei, o clube apresentou-se com os 12 jogadores que tinha inscritos, pelo que nenhum estava irregular, e teve alguma dificuldade em inscrever na plataforma o treinador, o diretor e os jogadores. Agora, foi entendimento da equipa de arbitragem que o clube estava em condições de jogar, uma vez que o jogo não se deixa de fazer por não ter treinador ou dirigente. Agora, o relatório do árbitro segue para o conselho de disciplina que atuará de acordo com o regulamento disciplinar”.
Uma vez que o Município de Ponte de Sor revogou o acordo de cedência das instalações ao Villa Athletic Club, “o clube tem agora que encontrar um novo campo para realizar os jogos em casa ou deixará de reunir os requisitos para continuar a competição”.
De recordar que o Villa Athletic Club, cujos treinos decorriam em Lisboa e que contava com jogadores com extensa experiência nos principais escalões do futebol português, foi criado em junho deste ano e inscrito na Associação de Futebol de Portalegre, em Agosto.
Na primeira jornada não compareceu ao jogo e na segunda, em Elvas, apresentou-se com apenas 12 jogadores, equipamentos emprestados e sem equipa técnica ou médica.
A situação tem vindo a agravar-se com queixas de falta de pagamento aos jogadores.