A Polícia de Segurança Pública (PSP) tem em vigor a nova versão do Auto de Notícia/Denúncia padrão de violência doméstica, que introduz um campo para registar declarações prestadas pela vítima/denunciante.
“Caso as declarações sejam confirmadas através de aposição da sua assinatura, servem de auto de inquirição em inquérito, o que permitirá, à partida, evitar convocar novamente a vítima/denunciante para confirmar as declarações em sede de inquérito”, de acordo com a subcomissária Inês Lemes, do departamento de operações da PSP.
De acordo com a subcomissária, o número de denúncias de violência doméstica “diminuiu durante a pandemia. No entanto, no primeiro semestre deste ano, os números já se aproximaram dos de 2019 com mais de 32 mil contactos periódicos com vítimas”.
“As mulheres continuam a ser as principais vítimas, mas não podemos descurar que os homens também são vítimas de violência doméstica não esquecendo crianças e idosos. Nas escolas fazemos algum trabalho de prevenção, alertando os jovens de hoje, adultos de amanhã, para situações de risco e que podem conduzir a violência doméstica”.
Nos primeiros seis meses deste ano morreram 13 mulheres vítimas de violência doméstica em Portugal.