Cáceres espera receber um milhão de turistas com a série ‘House of the Dragon’

A cidade histórica de Cáceres, património da Humanidade, é um dos principais locais de gravação da serie “House of the Dragon” estreada ontem na plataforma HBO e por isso o Município arrisca que poderão vir visitar Cáceres até um milhão de pessoas, dado que o episódio será visto por 100 milhões de pessoas em todo o mundo.

A precuela da serie, faz uma viajem no tempo para 300 anos antes da serie de enorme sucesso mundial “Guerra dos Tronos” com seis temporadas, contando agora a historia de Viserys, eleito pelos senhores como o sucessor no trono, após a morte do avó Jaehaerys Targaryen.

A cidade albergou pelo menos 25 locais de rodagem, entre eles o Arco de la Estrella, Plaza de Santa María, Plaza de San Jorge, Plaza de San Mateo, Calle Amargura, Adarve de Santa Ana ou Cuesta de Aldana.

Câmara de Elvas reúne quarta-feira em São Vicente

O executivo da Câmara Municipal de Elvas reúne esta quarta-feira, dia 24, às 17 horas, na sede da Junta de Freguesia de São Vicente e Ventosa. A reunião é pública e tem a ordem de trabalhos seguinte:

1 – Período antes da Ordem do Dia

2 – Expediente Geral

3.1 – Departamento de Administração Geral e Recursos Humanos:

– Análises de águas

– Atos praticados no âmbito da subdelegação de competências

– Certidão de PH nº 2/2021

– Certidão de compropriedade

– Licenciamento nº 41/2018

– Licenciamento nº 97/2019

– Pedido de direito de preferência sobre o imóvel na Praceta Voz do Alentejo, Bloco 1 cave, Bairro de São Pedro, Elvas

– Pedido de direito de preferência sobre o imóvel na Rua de Lisboa nº 2, Bairro Europa, Elvas

– Pedido de direito de preferência sobre o imóvel na Rua dos Falcatos nº 9ª, Elvas

– Pedido de direito de preferência sobre o imóvel na Estrada de Santa Rita nº 14, fração H, Elvas

– Pedido de direito de preferência sobre o imóvel na Estrada de Santa Rita nº 14, fração R, Elvas

– Pedido de direito de preferência sobre o imóvel na Estrada de Santa Rita nº 14, fração S – Elvas

– Pedido de direito de preferência sobre o imóvel na Estrada de Santa Rita nº 14, fração P – Elvas

– Pedido de direito de preferência sobre o imóvel na Estrada de Santa Rita nº 14, fração M – Elvas

– Pedido de direito de preferência sobre o imóvel na Rua Portas de S. Pedro nºs 17 e 17A e Rua de Grivão nºs 15 e 15ª, em Elvas

– Pedido de direito de preferência sobre o imóvel  na Av. da Piedade nº 7 ST, Elvas

– Pedido de direito de preferência sobre o imóvel nas Casas Novas, São Brás e São Lourenço

– Pedido de direito de preferência sobre o imóvel no Pinheirinho – Aldeia do Pombal, Elvas

– Pedido de direito de preferência sobre o imóvel na Rua Eusébio Nunes nºs 11 e 12 e Rua Manuel Gomes Estela nº 18, Elvas

– Pedido de direito de preferência sobre o imóvel na Rua Manuel Gomes Estela nºs 16 e 17, Elvas

– Pedido de direito de preferência sobre o imóvel na Rua de Diu nº 48 r/c, Elvas

– Pedido de direito de preferência sobre o imóvel na Rua de Vila Viçosa, Terrugem

– Pedido de direito de preferência sobre o imóvel na Rua Mestre Escola nº 5A r/c, Elvas

– Pedido de direito de preferência sobre o imóvel na Rua Nossa Senhora do Passo nº 6 – Elvas

Processos despachados de acordo com a delegação de competências

– Licenciamentos nº 133/2018, nº 78/2021, nº 120/2021, nº 49/2022, nº 56/2022, nº 61/2022, nº 73/2022, nº 74/2022 e nº 78/2022

3.2 – Departamento Financeiro e Desenvolvimento:

– Resumo diário de Tesouraria do dia 23 de agosto de 2022

– Alteração orçamental

– Relatório semestral dos revisores Oficiais de Contas

– Relatório de auditoria da Aquaelvas

– Submissão do Relatório Final de Execução da operação ALT20-04-2316-FEDER- 000140 “Requalificação e Reabilitação do Largo dos Combatentes”;

– Submissão do Relatório Final de Execução da operação ALT20-04-2316-FEDER- 000137 “Requalificação e Reabilitação do Largo dos Terceiros”.

3.3- Departamento de Obras e Serviços Urbanos:

– Empreitada de “Qualificação da Zona Industrial – lote 2”, revisão de preços definitiva

– Empreitada de “Recuperação do antigo edifício do açougue a adaptação para espaço interpretativo da antiga Sinagoga de Elvas”, receção definitiva

– Empreitada de “Requalificação das Fontes da Faceira da Cisterna”, libertação de caução

– Empreitada de “Requalificação da Avenida 14 de Janeiro – 1ª fase”, libertação de caução

– Empreitada de “Requalificação do Largo dos Combatentes (Largo de Travassos)”, libertação de caução

4 – Assuntos propostos pelo presidente, vice-presidente e vereadores:

4.1 – Situação do CRO de Elvas

4.2 – Revogação do despacho nº 66/2022 de 22 de julho, designação de vice-presidente

4.3 – Despacho de Delegação de Competências

4.4 – Cedência de transporte para o Grupo de Cantares de São Vicente e Ventosa para a Festa do Avante

4.5 – Cedência do campo de futebol do Estádio Municipal de Atletismo de Elvas ao Clube Desportivo de Badajoz

4.6 – Realização do GranFondo Eurobec

4.7 – Atividades de Enriquecimento Curricular – Ano Letivo 2022/2023

4.8 – Pedido de cedência do Coliseu Comendador Rondão Almeida para realização de espetáculo musical

4.9 – Requalificação do separador central – Avenida de Badajoz

4.10 – Abertura de candidatura ao programa de Hortas Comunitárias no Município de Elvas

4.11 – Deslocação a Viseu para assinatura de protocolo de geminação de Viseu-Elvas

4.12 – Protocolo de mecenato cultural a estabelecer entre a Fundação EDP e o Município de Elvas para a edição do Catálogo do Projeto 15 anos de MACE: Aqui Somos Rede, do Museu de Arte Contemporânea de Elvas – Coleção António Cachola

4.13 – Proposta de protocolo de colaboração entre a Turismo do Alentejo, ERT e o Município de Elvas para a dinamização da Rede das Fortalezas de Fronteira do Alentejo

4.14 – Apoios:

a) – Associação Desportiva e Cultural da Calçadinha

Guerra na Ucrânia preocupa agricultores e produtores

A guerra na Ucrânia tem trazido algumas consequências que começam a ser sentidas, um pouco por toda a Europa, principalmente no aumento do custo de vida. Por esse motivo, têm sido vários os setores afetados com a escassez de produtos, ou matérias-primas, vindas deste país, e o setor da agricultura não foge à regra.

Segundo Joaquim Capoulas, presidente da Apormor, “Portugal através das suas políticas desprezou, um pouco, a sua soberania alimentar”, consequência da fraca “auto-suficiência alimentar. No caso dos cereais, é uma base da alimentação do nosso povo, que só tem 4% de produção”, sendo esta uma situação que poderia ter sido evitada.

O engenheiro acredita que “pensamos que com o poder local, com a nossa câmara podemos traçar alguns objetivos, no ordenamento do território onde há espaço para tudo”, existindo “zonas de cultura, onde se pode produzir em maior quantidade, temos a Barragem dos Minutos, pequenos regadios individuais, há pequenas parcelas em quase todas as propriedades agrícolas e outras onde se deve manter os habitats para todas as espécies”.

Em relação à situação de incerteza que se vive, consequência da guerra que se vive às portas da Europa, o presidente da Apormor considera que é necessário “sentar na mesma mesa, todos os que, no nosso concelho, se preocupem com o bem-estar das populações, com a sustentabilidade dos meios rurais e com as preocupações ambientais”.

Joaquim Capoulas realça que “é necessário criar consciência de que o mundo mudou e que aquelas certezas que se tinham com a globalização, que era atribuir a cada parte do mundo, as suas tarefas”, já não é viável. Segundo o engenheiro  “Portugal não pode estar dependente de tudo o que vem de fora porque se há uma crise e se esta situação de guerra alastra, aí vamos ter situação parecida com os anos 30, antes da II Guerra Mundial”, alerta.

A situação de incerteza que se vive na Europa, gerada pela Guerra na Ucrânia é uma preocupação para os agricultores e produtores portugueses.

Feira de Artesanato e Gastronomia do Crato de terça a sábado

A edição 36 da Feira de Artesanato e Gastronomia do Crato decorre entre esta terça-feira e o próximo sábado, dia 27, contando com a presença, na inauguração, da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa. A cerimónia está marcada para as 18 horas, no Largo Dr. Bello Moraes, no Crato.

Todos os anos, o Festival do Crato atrai milhares de pessoas à vila e oferece, para além dos inúmeros espetáculos musicais, a Feira de Artesanato e Gastronomia, que torna este evento uma referência singular entre os certames do género.

Trata-se de uma zona de acesso livre, que oferece aos visitantes o melhor dos produtos regionais, onde marcam presença a comida tradicional e uma seleção de artesanato regional, nacional e internacional.

Cinco nomeados do Mais Chefe da Mais Alentejo

Há categorias da 20ª edição dos Prémios Alentejo que estão ligadas ao mundo da gastronomia, bem como ao turismo, com as duas primeiras a atravessar a reconhecida qualidade dos restaurantes espalhados por todo o Alentejo, a começar pela arte dos chefes de cozinha, uma escolha dificílima considerando o engenho daqueles(as) que, nos dias de hoje, reinventam o receituário gastronómico alentejano.

Para Mais Chefe, os homens estão em maioria: Carlos Teixeira, Herdade do Esporão, em Reguengos de Monsaraz; Hugo Bernardo, Howard’s Folly, em Estremoz; Jorge Peças, Convento do Espinheiro, em Évora; José Júlio Vintém, Tombalobos, em Portalegre; e Susana Cigarro, Sem Moengas, em Montemor-o-Novo.

Sorteios da AF de Portalegre são sábado em Monforte

Os sorteios das competições distritais da Associação de Futebol (AF) de Portalegre estão marcados para o próximo sábado, dia 27, às 17 horas, em Monforte, no Centro de Educação, Formação e Universidade Sénior.

No escalão de seniores, a temporada de competição começa com a disputa da Taça de Honra, com a jornada inicial marcada para o fim de semana de 8 e 9 de outubro e decorrendo ao longo do mês. Concluída esta prova, seguem-se as disputas do campeonato e da Taça da Associação, a partir do fim de semana de 5 e 6 de novembro.

Festival do Crato arranca esta terça-feira

A edição deste ano do Festival do Crato regressa esta terça-feira, a esta vila alentejana, onde decorre até dia 27, sábado.

A organização preparou “um grande festival. As pessoas têm muita ânsia de estar juntas e festejar, esperemos que seja possível. Com esta nova realidade estamos também a criar condições para que o recinto do festival possa acolher as pessoas com toda a dignidade”, garantiu o presidente da câmara do Crato, Joaquim Diogo.

“O recinto do festival vai contar com um restaurante oficial e diversas tasquinhas, mantendo também a vertente do artesanato, onde vamos dar destaque a todas as artes da região que foram já classificadas pela UNESCO”, sublinhou o autarca.

Quanto ao cartaz:

23 de agosto – Maninho + Nenny + Paula Fernandes + Afterhours Dj Rob Willow

24 de Agosto – Dino D’Santiago + Dillaz + Gabriel O Pensador (convidado especial Carlão) + Afterhours Dj Ana Isabel Arroja

25 de Agosto – The Happy Mess + Bárbara Tinoco (convidadas especiais Carolina de Deus e Nena) + Miguel Araújo (convidados especiais Ana Bacalhau, António Zambujo e César Mourão) + Afterhours Dj Wilson Honrado

26 de Agosto – St. Lundi + Matias Damásio + Jessie J + Afterhours Dj Diego Miranda + Dj Nuno Luz

27 de Agosto – Chico da Tina + Amor Electro + The Jesus and Mary Chain + Afterhours  Vini Vici + Dj Matcho

Os bilhetes diários e os passes de 5 dias estão à venda nos locais habituais, a 15 euros, para os dias 23, 24 e 25 e 20 euros para os dias 26 e 27. O passe de cinco dias sem campismo custa 55 euros e com campismo 70 euros.

As crianças até aos 11 anos não pagam, se acompanhadas por um adulto.

Um Coletivo comunica os motivos da saída de Elvas

Na sequência da notícia publicada ontem, segunda-feira, 22 de agosto, pela Rádio ELVAS (ver aqui), a Associação Um Coletivo emitiu, esta terça-feira, um comunicado onde explica, ao pormenor, as razões que levam a associação a mudar-se de Elvas para Portalegre.

O comunicado, na íntegra, para ler, abaixo:

“O comunicado que agora partilhamos é escrito no rescaldo de um Sobressalto agridoce. Entre as lotações cheias, transbordava a tristeza e a revolta de quem vê um projeto ser estrangulado. Após uma conversa pública sobre os destinos do UMCOLETIVO, do Festival A Salto e da política cultural em Elvas (temas que se confundem, por vezes), as ideias começaram a organizar-se. O que pode um Festival? Um festival pode celebrar aquilo que existe ao longo do ano. E é por isso que, estrangulando uma estrutura, não podemos festejá-la. O A Salto é também uma celebração do modus operandi do UMCOLETIVO – uma estrutura que quer procurar uma criação contemporânea engajada no património imaterial e no território, esculpindo comunidades efémeras horizontais e livres.

É preciso dizer que o UMCOLETIVO não nasceu em Elvas. Nasceu, como a maior parte das estruturas artísticas portuguesas, no contexto da grande Lisboa, em 2013. Após dois anos de intensa atividade experimental, mudámo-nos – sem real consciência de que essa mudança viria a ser um gesto de redefinição da associação, dos seus objetivos e dos seus horizontes. Para além dos projetos de criação artística contemporânea, envolvemo-nos em processos de desenvolvimento de novos públicos, relacionando-nos diretamente com as escolas e com as demais associações e empresas, e sonhámos um espaço franco e comunitário, que pudesse ser transformador para a comunidade de Elvas e para a comunidade artística contemporânea. O expoente máximo desse sonho chama-se A Salto – um festival que foi crescendo de forma tímida e, ainda assim, exponencial, alicerçado em princípios tão democráticos que podem assustar as falsas democracias. Quando chegámos a Elvas, apercebemo-nos do privilégio que é, do ponto de vista do acesso à cultura enquanto direito salvaguardado pela Constituição Portuguesa, viver nos grandes centros urbanos. É, portanto, por aí que começamos: pelo entendimento de que ao Estado Central e aos Municípios cabe a garantia do cumprimento da nossa Constituição da República e que, por isso, estando uma Associação – como está, neste caso, a UMCOLETIVO – a prestar serviço público, deve legitimamente ser objeto de apoios públicos. À semelhança de uma série de outras entidades, também a UMCOLETIVO concorre a financiamentos estatais, cumprindo os regulamentos e sendo os seus projetos objeto de fiscalização e acompanhamento por quem de direito – aos que tiverem curiosidade, o UMCOLETIVO apresentou o seu pedido de apoio ao Município de Elvas, através do RAAME, em Janeiro de 2022, solicitando ao Município uma série de apoios logísticos (cedência de espaço, recursos técnicos e humanos) para os quais, até hoje, não obtivemos resposta, bem como um apoio financeiro de 30 000 euros. Este tem sido o procedimento habitual, desde 2016. Porém, e pela primeira vez, a resposta obtida por parte do Município não só não esteve conforme as necessidades mínimas de sobrevivência do projeto (atendendo a que o município garantiria cerca de 30% do orçamento geral do Plano Anual de Atividades), como a mesma foi dada de forma absolutamente desonesta. Assim, é importante explicitar que:

a) Face ao pedido de apoio financeiro de 30 mil euros, feito em janeiro, relativo às atividades desenvolvidas ao longo do ano, bem como ao Festival A Salto e ao ACTO – A Festa do Teatro em Elvas (iniciativa municipal, que conta com a curadoria e apoio do UMCOLETIVO), o Município de Elvas respondeu com o apoio de cinco mil euros apenas para o ACTO, em março de 2023 e, novamente e após insistência, em julho do presente ano, com outros cinco mil euros para as demais atividades;

b ) Entre uma e outra deliberações, houve uma reunião (solicitada pelo UMCOLETIVO) em que se acordou que o valor mínimo de apoio para realização do festival seria de dez mil euros, valor com o qual contámos, fazendo boa fé na palavra dos representantes do executivo camarário, até sermos surpreendidos pela deliberação de apenas 50% desse valor, aprovada por unanimidade em Reunião de Câmara. Até hoje, permanecemos na ignorância sobre o motivo da ‘nova’ redução orçamental;

c) Procurámos ainda que o Município pudesse contribuir para a candidatura ao apoio sustentado da DGArtes, através do qual é possível a captação de verbas para o desenvolvimento artístico da comunidade e do território, pelo estabelecimento de uma parceria a dois anos, que implicasse uma cedência de espaço de trabalho, recursos logísticos e a atribuição de um valor financeiro a averiguar em conjunto. Já expirou o prazo da candidatura e, muito embora tenhamos feito esforços no sentido de receber uma resposta da autarquia, não fomos contactados nesse sentido.

d) Com respeito aos pedidos logísticos vertidos no RAAME, continuamos também sem receber qualquer resposta oficial (incluindo o pedido cuja importância salientámos bastantes vezes de cedência de um espaço de trabalho).

Neste momento, o apoio financeiro do Município de Elvas representa 11% do orçamento geral das atividades do UMCOLETIVO para o corrente ano. O que torna clara a política definida pelo Município – os eventos, como o ACTO e o A Salto, mesmo que emagreçam, não devem sair do calendário – ou então o preenchimento avulso de agenda à qual chamam política cultural poderia ver-se afetado. O trabalho da UMCOLETIVO não é compatível com uma visão mercantilista e gentrificada do desenvolvimento cultural. A cultura é um bem essencial – e muito embora o essencial seja invisível aos olhos, é tangível quando, à flor da pele, nos arrepiamos e comovemos com a dimensão do trabalho que temos desenvolvido em conjunto com uma comunidade que, se um dia foi elite, tem vindo a alargar-se a pouco e pouco. Sabemos que estamos no início. Sabemos também da importância do trabalho diário – como agricultores, cuidamos da terra com arados invisíveis que plantam sementes. Onde germina a arte, nascem cidadãos mais conscientes, mais livres, mais felizes. Afirmamo-nos no combate à desigualdade de liberdades que gera a inconsciência e a falta de confiança no mundo. E podemos abdicar até de dinheiro em prol de utopias – ou não tivéssemos crescido a aprender a precariedade – mas jamais abdicaremos da utopia.

Importa ainda pensar no impacto e nos ecos deste trabalho – é o eco que define o alcance e a dimensão. O A Salto e o plano anual do UMCOLETIVO cartografa uma cidade que se estende a muitas outras regiões do país, e também a África, à Europa e à América do Sul. Sabemos que a vontade de fazer um mundo fraterno e justo nos impele a agir com uma verticalidade que não se disfarça: não estamos a falar de dinheiro, nem somos nós quem está a desistir do território. Estamos, como sempre estivemos, disponíveis para dialogar – assim as palavras encerrem um compromisso efetivo para aqueles que, como nós, querem trabalhar condigna e seriamente”.

CURPI de Campo Maior é espaço privilegiado para o convívio

A CURPI (Comissão Unitária dos Reformados, Pensionistas e Idosos), em Campo Maior, tem sido, desde sempre, um espaço privilegiado para o convívio diário dos homens reformados da vila, algo que acontece mesmo esta altura do verão.

Enquanto uns aproveitam para ler o jornal ou ver televisão, outros gostam de meter a conversa em dia, beber o seu café ou copo de vinho, e até jogar às cartas. Foi numa das mesas da instituição que fomos encontrar António Miranda e Luís Silva a ver quem, com um outro amigo, levava a melhor, num jogo da bisca.

António revela que sempre que pode, vai até à CURPI, por mais que, mesmo reformado, continue a ter a seu cargo uma pequena horta. “Sempre que posso venho aqui ter com os amigos. Entretemo-nos aqui um bocadinho a jogar às cartas e bebemos o nosso copinho”, revela.

Já Luís, que conhece bem a CURPI, até porque foi funcionário da casa, até altura da reforma, confessa que gosta bastante de passar o tempo na instituição, onde, quando necessário, ainda dá a sua ajuda. “Fui aqui empregado durante 25 anos”, recorda, assegurando que agora procura passar o tempo, da melhor maneira, na companhia de amigos “de longa data” e longe do calor que se faz sentir, por estes dias, em Campo Maior.

As mulheres, sobretudo, estão de regresso, em força, à instituição, assim que as aulas da Academia Sénior forem retomadas, depois da pausa letiva de verão.

Festas de Santo Aleixo estiveram ao rubro (c/fotos)

As Festas de Santo Aleixo, no concelho de Monforte, terminaram ontem, segunda-feira, 22 de agosto, após cinco dias de animação.

António Raposo, presidente da Junta de Freguesia de Santo Aleixo, demonstra-se “orgulhoso”, uma vez que tudo correu “muito bem”, adiantando que quinta e sexta-feira, “houve muita gente e, no domingo, com a corrida de touros a Praça “estava completamente cheia, nunca tinha visto a Praça assim”.

O presidente da junta revela ainda que “correu tudo muito bem” e tentaram “fazer o seu melhor”, apesar de admitir que houve alguns erros, porque segundo diz, “não somos perfeitos”.

António Raposo recorda que a tradição da oferta da vaca assada, há já cinco anos que decorreu no domingo, em vez de ser na segunda-feira, e adianta que “teve uma grande adesão das pessoas”.

As festas ficam, a partir de agora, a cargo de uma comissão, composta por oito mulheres que se uniram e pegaram nos pendões, algo que deixa António Raposo, “muito orgulhoso”.

As Festas em Santo Aleixo que terminaram ontem, ao som de Jorge Guerreiro.

O desenvolvimento do cânhamo orgânico em Portugal

O dia 15 de agosto de 2018 foi histórico para o cânhamo orgânico em Portugal, já que ficou marcado pela aprovação de um projeto-lei que permitiu a legalização da canábis medicinal em território nacional.

O projeto-lei foi recebido com resistência por parte de muitos deputados na Assembleia da República após ter sido sugerido pelo PAN e pelo Bloco de Esquerda. A proposta inicial inclua o direito ao autocultivo (ou seja, o direito dos pacientes à plantação do próprio cânhamo), entretanto anulado.


A história do cânhamo orgânico em Portugal parece ter começado em 2018, mas data, na verdade, do século XVIII. Mas se já se usava canábis para fins medicinais há mais de 300 anos, como se explica que só recentemente a planta tenha sido reconhecida pelo seu valor terapêutico?

CBD: uma novidade com raízes na antiguidade

A partir de 2018, passou a ser possível comprar CBD em Portugal através de lojas físicas e online. O CBD é uma das substâncias mais terapêuticas da planta da canábis, utilizada para prevenir doenças mentais como a depressão e a ansiedade ou para o tratamento de pacientes com epilepsia, dor crónica, inflamações, ou dores de cabeça.
Contudo, os poderes curativos do cânhamo já eram do conhecimento de médicos chineses há mais de 7.000 anos. Na Europa, a planta serviu para fins terapêuticos em vários países (incluindo Portugal) e famosamente utilizada para tratar as dores menstruais da rainha Vitória de Inglaterra.

De resto, a história do cânhamo orgânico enquanto planta terapêutica é bem mais antiga do que a história da planta da canábis enquanto substância ilegal; no nosso país, a canábis só passou a ser proibida a partir de 1961, inspirada por uma conferência sobre estupefacientes realizada em Viena.

A guerra contra o cânhamo

Muitos historiadores acreditam ainda que a ilegalização da canábis foi mais inspirada por grupos de pressão das indústrias do algodão e do petróleo do que por preocupações de cariz social. Na década 30, os Estados Unidos foram palco de uma autêntica guerra contra o cânhamo, motivada exclusivamente pelo interesse de um número reduzido de entidades privadas.

Ainda que o cânhamo seja uma das fibras naturais mais resistentes do mundo, este foi ignorado enquanto matéria-prima devido aos grandes lobbies norte-americanos do petróleo, do algodão, e da madeira.

A questão do CBD

Se a proibição do cânhamo orgânico não faz sentido, o mesmo se pode dizer da proibição (entretanto anulada) do CBD. Ao contrário do THC, o CBD é uma substância da canábis que não tem um efeito psicoativo, o que significa que não induz mudanças no comportamento de quem a consome. Por outras palavras, o CBD é um químico com finalidades terapêuticas que não tem nenhum tipo de efeitos secundários nocivos.

A melhor parte é que o CBD não precisa de ser fumado para ser consumido, já que existem vários óleos de cânhamo com alto teor de CBD disponíveis no mercado. A Mama Kana, por exemplo, disponibiliza vários tipos de óleos de cânhamo orgânico com CBD aqui.

A legislação recente ajudou a corrigir os erros do passado. Atualmente, é cada vez mais fácil aceder ao poder curativo das substâncias da planta da canábis, poder esse que já era reconhecido pelos profissionais da medicina há centenas de anos.

Festas de Varche com grande adesão por parte da população (c/fotos)

As festas de Varche, em Honra da Nossa Senhora da Encarnação, terminaram ontem, segunda-feira, 22 de agosto, com uma missa seguida de procissão.

Depois de quatro dias repletos de atividades, Bruno Belchior, presidente da Sociedade Recreativa de São Brás de Varche, refere que “os três dias dias tiveram muita gente, a população aderiu bastante”, pelo que o balanço “é muito positivo”. Bruno Belchior recorda quer as Festas tiveram início “com a procissão, voltámos a apostar no torneio de futebol, porque quando há sucesso, não se altera nada, a garraiada também teve uma boa adesão, já no sábado, com as fogaças, que este ano, apesar de um pouco aquém das expectativas, continuam a ser um auge destas festas”.

O presidente da Sociedade Recreativa de São Brás de Varche agradece ainda a todos aqueles que contribuíram para que estas Festas voltassem a ser uma realidade na freguesia: “à população, que sem eles não era possível fazer estas festas, aos patrocinadores, à junta de freguesia, ao município e à minha direção”.

Anabela Cartas volta a ser vice-presidente na Câmara de Elvas

Durante um mês, entre as reuniões de 22 de julho e 24 de agosto, Hermenegildo Rodrigues tem desempenhado as funções de vice-presidente da Câmara Municipal de Elvas, devido às férias de Anabela Cartas terem coincidido com as de Rondão Almeida. A legislação não permite a sobreposição de férias do presidente e do vice de uma câmara municipal.

Agora, na reunião do executivo municipal elvense, desta quarta-feira, dia 24, a nomeação de vice-presidente volta à forma inicial: Anabela Carta volta a ser nomeada por Rondão Almeida e Hermenegildo Rodrigues retoma o cargo de vereador.

Município quer dar formação a nadadores-salvadores em Elvas

A contratação de nadadores-salvadores para a presente época balnear, demonstrou-se um problema para vários municípios, a nível nacional, nomeadamente para reabertura das piscinas municipais.

Em Elvas esse não foi o caso, mas o vice-presidente da Câmara, Hermenegildo Rodrigues, revela que esta situação se deve, essencialmente à pandemia, uma vez que durante esse período “não existiu formação de nadadores-salvadores, por parte do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN)”.

Segundo o vice-presidente, “o que despoletou essa situação foi o aproximar da época balnear e não haver capacidade de resposta, nem nadadores-salvadores suficientes nas praias e, em maio/junho as licenças válidas terminaram, e para fazer face à incapacidade de fazer novas formações, o ISN prorrogou essas mesmas licenças até ao final de 2022”.

Hermenegildo Rodrigues explica que, e apesar de a piscina de Elvas ter três nadadores-salvadores, em regime de avença, o município pensa já, e “com uma abertura muito grande por parte da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo, que de 1 a 15 de setembro, seja ministrado um curso pelo ISN, com formadores credenciados, de forma a termos respostas capazes, no futuro próximo, e outra capacidade de resposta, para situações pontuais que nos possam ocorrer”.

O vice-presidente acrescenta que não é fácil celebrar contratos com nadadores-salvadores, uma vez que as licenças podem não estar válidas nos anos seguintes, tendo em conta que os cursos não são fáceis. “Já pensámos em fazer um contrato com os nadadores-salvadores, mas corremos o risco de não terem capacidades, porque o curso é intenso e rigoroso”, e quem não conseguir cumpri-lo, “não lhe é atribuída ou não lhe é renovada a licença, pelo que é muito difícil nós estarmos a contratar alguém com essa finalidade, sabendo que no final do ano pode não conseguir ver a licença renovada”.

Para o vice-presidente, “é sempre mais fácil ser em regime de avença, com o propósito de fazerem a apresentação de licença válida, que pode ou não ser renovada, mediante a apresentação dessa revalidação de curso”.

Município de Elvas, que pretende realizar um curso de nadadores-salvadores, em Elvas, no mês de setembro, promovido pelo Instituto de Socorros a Náufragos.