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Maus-tratos na infância “não podem ser uma temática”, defende Luís Rosinha

O flagelo dos maus-tratos na infância “não pode ser uma temática” e tem de deixar de existir na sociedade. Quem o diz é o presidente da Câmara de Campo Maior, Luís Rosinha, à margem da formação do já tradicional Laço Azul Humano, ao final da manhã desta sexta-feira, 29 de abril, no campo do Estádio Capitão César Correia, no âmbito do Mês da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância.

“Tem que existir este caminho, que não pode ser só feito por parte da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) – é muito mais feito pela estrutura familiar, do que propriamente por quem está fora – mas aquilo que eu retenho, deste mês intenso e com tantas atividades, é que conseguimos consciencializar, alertar e demonstrar que existe comunidade em torno destes movimentos”, adianta o autarca.

Este, diz ainda Rosinha, foi “um mês fantástico”, que chega agora ao fim, sobretudo, com “um sentimento de dever cumprido”. “Quero saudar, na pessoa da presidente da CPCJ, a professora Francisca Russo, todos os comissários, porque penso que foi um mês intenso também para eles”, acrescenta. Continuar a traçar caminho, independentemente da altura do ano, para, com um trabalho em rede, prosseguir com o trabalho de consciencialização para problemáticas como esta dos maus-tratos a crianças, será sempre o objetivo da autarquia e das entidades locais com quem ela trabalha.

Nesta atividade da formação do laço azul humano, “a mais emblemática”, uma vez que acontece em todo o país, lembra Francisca Russo, participaram cerca de 260 crianças. “São todas as crianças do pré-escolar do concelho: do Agrupamento de Escolas, da Santa Casa da Misericórdia e do Centro Educativo Alice Nabeiro”, adianta a presidente da CPCJ de Campo Maior.

Ainda antes do início da formação do laço, as crianças tiveram oportunidade de participar em algumas atividades lúdicas, iniciativas que resultam de um trabalho conjunto de várias entidades. “A CPCJ tem trabalhado muito bem em equipa, todos os comissários, e temos tido a participação e o empenho de outras entidades, nomeadamente o CLDS, o Município, a Santa Casa, Coração Delta, a Cooperativa, que também nos deu a fruta, e o Intermarché. Tem sido um conjunto de entidades e as atividades que aqui estão a decorrer saíram da comissão alargada, sendo que entre todos os comissários planeámos aquilo que seria o mês de abril”, explica Francisca Russo.

Com a chegada ao fim de abril, a presidente da CPCJ faz um balanço “bastante positivo” das atividades desenvolvidas, com vários objetivos alcançados, durante todo o mês. “As atividades têm decorrido lindamente, a mensagem tem chegado às crianças e aos adultos. Têm-se dado visibilidade a uma problemática que tem de ser encarada de vez e trabalhada”, diz ainda Francisca Russo, por mais que lembre a prevenção deverá ser feita ao longo de todo o ano.

Na próxima terça-feira, a CPCJ irá ainda fazer uma outra atividade, que promete dar outra cor e vida à Avenida Calouste Gulbenkian. Serão colocadas mantas de retalhos, nas árvores dessa avenida, que foram feitas pelas crianças das escolas públicas e privadas do concelho.

 

 

 

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