Câmara de Évora recupera moinho no Alto de São Bento

O Dia Nacional dos Moinhos foi assinalado em Évora pela Câmara Municipal através da iniciativa “Moinhos Abertos” que decorreu no Alto de São Bento. Visitas aos moinhos abertas a toda a população e contos para crianças assinalaram a data, ocasião privilegiada para conhecer o mais recente moinho de vento recuperado naquele espaço, cujos trabalhos de requalificação estão em fase final.

A artista Bru Junça dinamizou uma sessão de contos para crianças na manhã de 8 de abril e estas tiveram ainda oportunidade de entrar no moinho e de utilizar a moinhola (criada para exemplificar que é necessário gerar energia para que as mós consigam moer os grãos dos cereais e transformá-los em farinha), a qual permite aos mais pequenos perceberem melhor o processo de moagem dos cereais.

Ainda que a requalificação do mais recente moinho de vento para a sua função tradicional esteja na fase final de obra, a Câmara Municipal de Évora considerou ser uma boa oportunidade para mostrar à comunidade que a panorâmica no Alto de São Bento já é diferente, faltando pouco para o moinho renascer e com ele a reativação de memórias de atividades relacionadas com a farinha, o pão e o processo de transformação dos cereais.

“Em breve”, assegura a Câmara Municipal, vai ser igualmente assinalada a requalificação do referido moinho de vento através de uma ação, antecipadamente divulgada junto da comunidade. No contexto do projeto educativo municipal “A Escola adota um Monumento”, a Escola Básica da Vista Alegre adotou os moinhos do Alto de S. Bento com a intenção de os ver a funcionar novamente, e, nessa sequência a autarquia eborense, reconhecendo o potencial educador do local, estabeleceu em 1999 um protocolo com o Museu Nacional de História Natural, sob a coordenação científica do professor doutor Galopim de Carvalho, e criou, em 2001, o Núcleo Museológico do Alto de São Bento, onde se trabalha, em especial, a geologia e mineralogia do granito e a flora do local.

Para apoio destas duas vertentes, a autarquia mandou restaurar dois moinhos para servirem de centros de atividades experimentais e de documentação, um para a geologia e outro para a florística.