Sofia Liu (“O Elvas”) estreia-se na Seleção Nacional com a Bélgica

A atleta do “O Elvas” Sofia Liu, com a camisola 16, jogou pela primeira vez, pela Selecção Nacional Portuguesa de futebol, em Sub-15, em jogo contra a Bélgica, nesta terça-feira, dia 1.

Sofia, que já tinha sido chamada anteriormente para os treinos de Portugal, fez parte ontem do onze inicial que venceu a seleção belga por 1-0.

Pandemia faz disparar casos de doença mental, toma de antidepressivos e pedidos de ajuda

Maria Calado, psicóloga

Nunca se falou tanto, como agora, de saúde mental e de doenças como depressão e ansiedade, muito agravadas durante estes dois anos de pandemia.

Segundo um estudo da Eurofound, 64% dos jovens europeus, dos 18 aos 34 anos, encontram-se em risco de depressão. O mesmo acontece com 60% das pessoas com idades compreendidas entre os 35 e os 49 anos e com 50% acima dos 50 anos.

A estes números, somam-se os das consultas de psicologia, que, de janeiro de 2020 para janeiro de 2021, registaram um aumento na ordem dos 450%, revela a psicóloga Maria Calado. “É um número muito elevado, é assustador”, começa por dizer. São números alarmantes, que resultam, entre outros, do isolamento, da privação de atividades culturais, de lazer e desportivas, das mudanças nas próprias rotinas e até da convivência forçada com familiares.

“O medo da doença, de contagiar: isto criou muitos medos”, garante Maria Calado. Do “convívio excessivo”, entre quatro paredes, revela, resultaram também muitos divórcios, porque antes “as pessoas tinham uma rotina, iam trabalhar, iam fazer desporto, estavam com os amigos e só depois iam para casa. E isto acabou. Foi uma mudança muito brusca”.

O envolvimento social, com estes dois anos, em grande parte, passados em casa, e sobretudo ao nível dos mais jovens, garante a psicóloga, foi “totalmente danificado”, tendo em conta as consequências da Covid-19. Depois, em pessoas já com ansiedade, depressão ou Perturbação Obsessiva Compulsiva (POC), a pandemia resultou num “reforçar patológico”. Agora é preciso “voltar atrás”, para reabilitar, uma vez mais estas pessoas, o que é “extremamente difícil”.

Durante este difícil período, a Ordem dos Psicólogos esteve sempre junto da população, o que, do ponto de vista da psicóloga, conduziu a uma desmitificação da profissão e a uma maior coragem no momento de pedir ajuda. “A Ordem dos Psicólogos tinha uma linha de atendimento e deu formação gratuita aos psicólogos”, o que contribuiu também para que os jovens começassem a olhar para as consultas com outros olhos. “Estão a vir, querem vir e às vezes até dizem aos amigos que vão ao psicólogo. Isto é fundamental. Nós estamos a mudar mentalidades”, assegura Maria Calado.

Quanto ao processo de tratamento destas patologias do foro psicológico, a terapeuta não esconde que é difícil, sendo que a própria pessoa tem de ser forçada a sair de casa, a obrigar-se a fazer desporto e tudo aquilo que gostava de fazer, antes de ser diagnosticada com ansiedade, depressão ou qualquer outra doença mental. “É muito difícil mudar isto, porque nós somos seres de hábitos e a pessoa não está bem e não quer sair. Para a pessoa custa muito sair de casa e estar com as outras pessoas, mas faz parte do processo”,  diz ainda.

Filipa Viegas, psiquiatra

Também os pedidos consulta, ao nível da psiquiatria, têm aumentado, segundo a psiquiatra Filipa Viegas, “a par de uma óbvia falta de recursos humanos para dar resposta”, como psiquiatras, psicólogos, técnicos de reabilitação psicossocial, terapeutas ocupacionais e psicomotricistas. Com isto, a pandemia “veio aumentar a pressão sobre os serviços de doença mental”.

As pessoas que já tinham doença mental, antes da pandemia, “acabaram por piorar” e aqueles que já tinham alguma vulnerabilidade acabaram mesmo por desenvolver algum tipo de patologia, pelo “stress acrescido”. Este, que é considerado por muitos um “trauma coletivo”, reflete-se num conjunto de situações: “a diminuição da interação com os pares; a exacerbação de alguns conflitos familiares, pela a proximidade imposta; uma exposição a violência; as questões do luto familiar, por muitas pessoas que faleceram; dificuldades económicas vindas da própria pandemia; a privação de liberdade e experiências”.

Só em Portugal e segundo um estudo levado a cabo, no decorrer da pandemia, com uma amostra de seis mil pessoas, um quarto destas, sobretudo ao nível dos jovens adultos e das mulheres, apresentava sintomas moderados a graves de ansiedade e depressão, revela a médica.

Apesar do aumento da doença, durante a pandemia, verificou-se, por outro lado, “um aumento da sensibilização para a saúde mental, com a redução do estigma, que também é uma coisa importante: começarmos a perceber que o cérebro, como qualquer outro órgão, também pode adoecer”. A repercussão dos efeitos colaterais da pandemia, garante Filipa Viegas, é de mais casos de depressão, ansiedade e de perturbação de stress pós-traumático, com sintomas que vão desde tristeza, à falta de motivação, preocupação excessiva, crises de pânico, até às alterações do sono.

Uma boa alimentação e a prática desportiva, garante a médica, são a base da prevenção da doença mental. “As pessoas que conseguiram manter passatempos, hobbies e uma rotina diária, conseguiram não descambar, não adoecer com tanta probabilidade”, revela. O recurso a medicamentos pode estar implícito no tratamento de doenças como a depressão e a ansiedade, mas cada vez mais os especialistas defendem a psicoterapia como abordagem de “primeira linha”, com recurso ao médico de família e à psicologia.

Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Portugal passou de 99,5 doses diárias de antidepressivos por cem mil habitantes, em 2016, para 131,1 em 2020. Este aumento da toma de medicação para o tratamento de depressões, sobretudo, diz Filipa Viegas, acontece pela falta de aposta, por parte do Governo, na introdução de psicólogos no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Se o doente fosse um carro, a medicação dava o combustível, mas é a psicologia que dá a aulas de condução. Não nos vale de nada ter um carro, se não o sabemos conduzir”, diz a médica. A verdade é que os psicólogos “não são contratados para os cuidados de saúde primários, do SNS, e essa devia ser a principal preocupação de quem gere a nossa saúde, porque isso iria aliviar essa percentagem de pessoas que têm de acabar por recorrer à medicação”. Ainda assim, Filipa Viegas lembra que há casos em que a medicação é fundamental, sendo esse o principal indicador de que houve, de facto, um agravamento da saúde mental.

A médica recorda que “ansiedade e tristeza todos nós, em algum momento da nossa vida, já o sentimos, perante circunstâncias que o justifiquem”. Passa-se de uma reação normal para uma patologia quando os sintomas começam a ser muito frequentes, ao longo de vários dias, e quando têm um impacto na funcionalidade da pessoa: “quando a pessoa começa a não conseguir fazer a sua vida normal, tratar dos seus afazeres, quando deixa de ter prazer em coisas que antes lhe davam prazer, quando começa a não sair de casa”.

Perante estes sinais de alerta e quando a pessoa começa também a apresentar alterações de apetite e de sono, quando se torna mais pessimistas e apresenta, inclusive, ideias de terminar com a própria vida, há que pedir ajuda. “Outra coisa que é importante é a pessoa falar, porque, muitas vezes, está em sofrimento, pelo tal receio ou vergonha e não o revela. Quem a rodeia tem de estar atento a uma mudança naquilo que a pessoa costumava ser”, remata.

Não há um momento certo para procurar ajuda, até porque o limiar da angústia varia de pessoa para pessoa. Contudo, quando se sente que se pode estar perto de o atingir, deve-se agir.

A entrevista na íntegra a Maria Calado e Filipa Viegas para ouvir no podcast abaixo.

Universitários lançam foguetões em outubro em Ponte de Sor

Ponte de Sor volta a receber, neste ano de 2022, o EuRoc – European Rocketry Challenge, que se vai realizar de 11 a 18 de outubro. O EuRoc é a primeira competição europeia de lançamento de foguetões universitários.

No ano passado, participaram 19 equipas, de 13 países diferentes, e Ponte de Sor assistiu ao primeiro lançamento de um foguetão português, o Blimunda, do Instituto Superior Técnico, de Lisboa. Para participar na terceira edição da prova, os alunos universitários europeus podem concorrer, até ai próximo dia 6, através do registo em www.euroc.pt .

Nissan Boutigest e Município de Vendas Novas associam-se no Transporte a pedido

A Nissan Boutigest associou-se ao Município de Vendas Novas no desenvolvimento do projeto “Transporte a Pedido”, que passou a ser feito através de uma viatura 100% elétrica, da marca Nissan, evidenciando as preocupações ambientais das entidades que estão à frente desta iniciativa.

A parceria da Nissan Boutigest com a Câmara Municipal de Vendas Novas resulta no empréstimo de uma viatura Nissan Leaf, veículo que pertence à Boutigest, que tem stands em Elvas, Évora e Beja.

O “Transporte a Pedido” resulta de uma parceria entre o Município de Vendas Novas, a CCDRA, a ADRAL e a Nissan, que entregou a chave a alguns dos taxistas que aderiram ao projeto.

O “Transporte a Pedido” pretende assegurar que os habitantes de Piçarras possam beneficiar de uma maior oferta de serviços de transporte, complementar a já existente, permitindo que não sintam tantos constrangimentos no momento de se deslocar até Vendas Novas.

O serviço funciona sob marcação prévia, através de uma simples chamada telefónica. Existem seis paragens na cidade que dão acesso a pontos de referência como o centro de saúde, parque desportivo, cemitério ou centro tradicional, sendo os custos repartidos entre o Município e o cliente.

Elvas regista 13 novos casos de Covid-19

O concelho de Elvas registou, nas últimas 24 horas, mais 13 casos de Covid-19 e a recuperação de 16 pessoas.

Sendo assim, esta quarta-feira, dia 2 de março, estão ativos 80 casos de infeção no concelho.

Alentejo regista mais 467 casos de Covid-19

O Alentejo regista esta quarta-feira, 2 de março, 467 novos casos de Covid-19.

Segundo o último relatório epidemiológico da Direção-Geral da Saúde, na região, não foram reportados óbitos, relacionados com a doença.

Desde o início da pandemia, o Alentejo já registou 111.467 casos de infeção e 1.179 mortes.

Portugal tem mais 8.833 infetados e 25 pessoas morreram

Portugal registou, nas últimas 24 horas, 8.833 novos casos de Covid-19 e 25 óbitos associados à doença.

Nas últimas 24 horas, registaram-se 679 casos de recuperação.

Esta quarta-feira, dia 2 de março, em todo o território nacional, há 1.400 doentes internados, mais 42, 90 em unidades de cuidados intensivos, menos seis em relação ao dia anterior.

Campanha “Taxa Zero ao Volante” de 3 a 7 deste mês

“Taxa Zero ao Volante” é o mote para a campanha rodoviária que decorre a partir de amanhã, 3 de março até segunda-feira, dia 7.

Trata-se de uma campanha conjunta entre a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), a Polícia de Segurança Pública (PSP) e a Guarda Nacional Republicana (GNR), inserida no Plano Nacional de Fiscalização de 2022.

A campanha tem como objetivo alertar os condutores para os riscos da condução sob a influência do álcool, tendo em conta que um em cada três condutores, mortos em acidentes de viação, apresenta uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 0,5 g/l e três em cada quatro destes condutores apresentam uma taxa igual ou superior a 1,2 g/l.

Vários estudos científicos demonstram que conduzir sob a influência do álcool causa várias perturbações, designadamente, ao nível cognitivo e do processamento de informação, bem como alterações na capacidade de reagir aos imprevistos, e descoordenação motora.

O álcool também diminui o campo visual, provocando a chamada visão em túnel. Esta perda de capacidades, bem como as alterações de comportamento que podem levar a estados de euforia e desinibição, aumentam de forma muito significativa o risco de envolvimento em acidentes rodoviários.

A campanha “Taxa Zero ao Volante” integrará ações de sensibilização da ANSR; operações de fiscalização, pela PSP e pela GNR, com especial incidência em vias e acessos com elevado fluxo rodoviário e de acordo com o Plano Nacional de Fiscalização 2022, de forma a contribuir para a diminuição do risco de ocorrência de acidentes e para a adoção de comportamentos mais seguros por parte dos condutores no que tange à condução sob a influência do álcool.

As ações de sensibilização ocorrerão em simultâneo com operações de fiscalização nas seguintes localidades: no dia 3 de março, às 21 horas, Rotunda de Atrozela (Alcabideche), Cascais; dia 4, às 23 horas, na Rotunda da EN114 e Rua dos Pocinhos, Peniche; e no dia 7, às 20 horas, na Rotunda da AE10/EN118, Benavente.

A ANSR, a PSP e a GNR relembram que a condução sob a influência do álcool é um risco para a sua segurança e dos outros: com uma taxa de álcool no sangue de 0,5 g/l o risco de sofrer um acidente grave ou mortal duplica; os acidentes que decorrem da condução sob a influência do álcool são particularmente graves.

A sinistralidade rodoviária não é uma fatalidade e as suas consequências mais graves podem ser evitadas através da adoção de comportamentos seguros na estrada.

Nisa de azul e amarelo nos edifícios municipais pela Ucrânia

A Câmara Municipal de Nisa procedeu à decoração e iluminação de vários edifícios municipais com as cores azul e amareli da bandeira da Ucrânia, expressando a manifestação de “plena solidariedade ao povo ucraniano”.

A recente ofensiva e invasão militar russa àquele país, é uma “barbárie que apenas pode ser adjetivada de afronta à democracia”, segundo o Município nisense.

“Vamos, juntos, condenar o ataque russo e, com simples gestos, demonstrar solidariedade ao povo ucraniano; hoje por eles, amanhã por nós”, defende esta Câmara Municipal.

Viana do Alentejo vai ter Gabinete de Apoio às Associações

A Câmara Municipal de Viana do Alentejo vai criar um Gabinete de Apoio às Associações do concelho. Esse gabinete vai permitir “um trabalho de maior proximidade com o movimento associativo, por exemplo através da identificação de oportunidades de candidaturas a fundos nacionais e comunitários, ajudando as associações em todas as fases do processo”, segundo explica o presidente da Câmara da Câmara Municipal, Luís Miguel Duarte (na foto).

O projeto de criação do Gabinete de Apoio foi um dos assuntos tratados numa reunião entre a autarquia e as associações do concelho, destinada a articular as diversas atividades previstas para 2022, evitando a sobreposição de iniciativas.

Durante o encontro, o presidente da Câmara Municipal de Viana do Alentejo anunciou ainda a revisão do Regulamento Municipal de Apoio Financeiro às Atividades Culturais, uma vez que o atual tem mais de dez anos e “encontra-se bastante desajustado” da realidade do movimento associativo, de acordo com a opinião do autarca. Essa revisão, acrescentou Luís Miguel Duarte, irá permitir “uma maior eficiência dos recursos financeiros existentes e uma maior transparência na sua atribuição” às associações culturais e recreativas.

Foi também decidida a realização de três reuniões anuais entre o Município e as associações do concelho de Viana do Alentejo, tendo em vista um acompanhamento mais próximo das atividades realizadas.

Câmara de Évora consolida pontão na Graça do Divor

A Câmara Municipal de Évora está a proceder a obras de beneficiação de arruamentos em Nossa Senhora da Graça do Divor, através da consolidação do pontão localizado nas imediações da Escola Básica do primeiro ciclo.

A obra está a ser realizada em administração direta por trabalhadores do Município e, de acordo com a autarquia, vai permitir “prevenir eventuais problemas de segurança” nesta via e “melhorar as ligações internas da localidade, nomeadamente a algumas quintas e à antiga fonte e lavadouros públicos”.

Município de Arronches apoia fixação de jovens

O executivo da Câmara Municipal de Arronches, reunido nesta segunda-feira, dia 28, na Junta de Freguesia de Esperança, atribuiu dois apoios a munícipes ao abrigo da fixação de famílias jovens, ambos na modalidade de apoio à habitação.

Também para as associações do concelho, foram concedidos apoios à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Arronches, destinado à aquisição de uma viatura para transporte de doentes, e à Associação Cultural de Arronches ‘Amigos da Festa Brava’, para apoio ao pagamento do seguro obrigatório dos membros do Grupo de Forcados Amadores de Arronches e ao fabrico de tecido e elaboração de jaquetas.

Nesta reunião, foi igualmente deliberada a manutenção do tarifário a aplicar aos serviços municipais de abastecimento público de água, de saneamento de águas residuais urbanas e de gestão dos resíduos sólidos urbanos no ano de 2022; com a criação da Empresa Intermunicipal Águas do Alto Alentejo, vai ser esta entidade a gerir as referidas taxas, a partir de meados deste ano.

Ficou ainda decidido, por unanimidade, votar favoravelmente uma moção de censura à invasão russa da Ucrânia, que vai ser enviada para o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Embaixada da Ucrânia, “mostrando que a população de Arronches está solidária com o povo ucraniano”, afirma a autarquia.

Mondragão Rodrigues: sem chuva, azeitona vai ter forte queda de produção

Com grande parte do território nacional em seca severa ou extrema, Portugal enfrenta uma dos invernos mais secos deste século.

As consequências da diminuição abrupta de precipitação, ou mesmo a sua ausência, são diretas nos níveis hídricos das albufeiras, que têm vindo a descer ao longo das últimas semanas, o que causa alguma apreensão e preocupação, entre outros, nos agricultores, olivicultores e viticultores.

Ao nível do olival, garante o professor e investigador Francisco Mondragão Rodrigues (na imagem), se não houver água, a produção de azeitona vai, este ano, registar uma queda acentuada. “Para haver azeitona, e azeitona com um determinado calibre e com uma determinada quantidade de azeite, a oliveira tem que absorver a água do solo. Se não houver água, vai haver limitações em termos de rega”, explica.

No caso da Barragem do Caia, que Mondragão Rodrigues lembra que não é das que se encontra numa das piores situações, comparativamente a outras do país, poderá vir a verificar-se “alguma limitação em termos de disponibilidade de água para rega de culturas agrícolas”, por uma questão de precaução, lembra, até porque a barragem também é utilizada para abastecimento das populações.

Ainda assim, garante o docente na Escola Superior Agrária de Elvas, é necessário que os agricultores, para além de precisarem de aprender a podar as oliveiras, nas devidas condições, necessitam de aprender a regar, tendo em vista a poupança de água. Quando há poupança de água, sobretudo ao nível dos olivais que têm sistemas de rega gota a gota, reduzem-se custos. “Quando colocamos água no olival, estamos a gastar eletricidade e dinheiro. Portanto, se pusermos menos água, são menos horas dos motores a funcionar, menos eletricidade, poupamos dinheiro e poupamos água”, explica. Quando a água é pouca, é necessário aplicar-se “a pouca água que temos, naqueles momentos cruciais em que, aí sim, a oliveira não pode ter falta de água”.

A campanha da azeitona do ano passado, recorda Mondragão Rodrigues, foi das melhores de que há memória: por um lado, devido à plantação, no decorrer dos últimos 20 anos, de olivais modernos, de regadio e muito produtivos e, por outro, por 2021 ter sido um ano propício a uma boa floração das oliveiras. Este aumento de produção, não tem dúvidas o professor, vai continuar a ser uma realidade nos próximos dez anos. “É a entrada em porção da tal olivicultura moderna, porque estamos a ter olivais em produção que não existiam há cinco ou seis anos, que começaram a entrar em produção no ano passado ou este ano e os que entraram em produção há quatro anos agora estão em plena produção. Isto tudo somado resulta cada vez mais em mais azeitona”, assegura.

No passado dia 15 de fevereiro, de acordo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, 91% do território nacional encontrava-se em situação de seca severa e extrema, valor ainda acima dos registados em outros anos de seca, como os 77% em 2005 e os 86% em 2018. O maior alarme está concentrado na zona litoral do Baixo Alentejo, Algarve e alguns locais dos distritos de Bragança e Castelo Branco.

Reguengos assinala Dia da Mulher com homenagem às mulheres ucranianas

O Dia da Mulher vai ser comemorado em Reguengos de Monsaraz de 5 a 11 de março com uma caminhada, aulas de ginástica e animação musical. As atividades são organizadas pelo Município de Reguengos de Monsaraz e pela Câmara Reguengos Clube e vão decorrer em todas as freguesias do concelho.

O programa tem início no dia 5 de março, pelas 16.30 horas, com uma caminhada em homenagem às mulheres ucranianas. A caminhada tem 5,7 quilómetros de extensão com partida e chegada na Praça da Liberdade, em Reguengos de Monsaraz. As inscrições podem ser efetuadas até amanhã, dia 3, no Serviço de Desporto na autarquia ou por e-mail (desporto@cm-reguengos-monsaraz.pt) e as participantes vão receber uma t-shirt, um boné e uma bebida no final da caminhada.

No dia 7 de março, às 14 horas, haverá aulas de ginástica com fitness, ioga, relaxamento e diversão no jardim de São Marcos do Campo, pelas 15 horas junto à Igreja Matriz do Sagrado Coração de Jesus, em Campinho, e às 16.10 horas na Sociedade Cumeadense, na Cumeada. No dia 8 de março decorrem atividades em Reguengos de Monsaraz com aulas de ginástica no Parque da Cidade às 10, 11 e 16 horas, e animação musical com Luís Marques, pelas 18 horas, na Praça da Liberdade, seguida de happy hour com descontos nos cafés e restaurantes da praça. Durante a tarde haverá também aulas de ginástica pelas 14 horas na antiga escola primária de Motrinos, às 15 horas no Parque Outeiro XXI, em Outeiro, e pelas 16 horas na Casa do Cante em Telheiro.

No dia seguinte, 9 de março, às 14 horas realizam-se aulas de ginástica no Centro de Convívio da Barrada e pelas 15 horas na Igreja de Santiago, em Monsaraz. No dia 10 de março, o programa comemorativo do Dia da Mulher integra aulas de ginástica às 14 horas no Centro de Recreio e Convívio Maria Gabriela Leonidas, em Santo António do Baldio, pelas 15 horas na Sociedade do Carrapatelo e às 16.30 horas no jardim público de São Pedro do Corval. A fechar, no dia 11 de março, pelas 14 horas haverá aulas de ginástica no polidesportivo de Perolivas e às 15.15 horas no parque em Caridade.

APPACDM de Elvas recolhe bens para enviar para a Ucrânia

Pela cidade de Elvas, assim como um pouco por todo o país, tem-se gerado uma onda de solidariedade em torno da situação da Ucrânia.

Desde associações a particulares, muitos são os que têm tentado dar o seu contributo para diminuir um pouco as necessidades dos que residem na Ucrânia e dos milhares que tiveram que deixar o país devido às invasões russas.

A APPACDM é um exemplo de solidariedade uma vez que durante a manhã de ontem, terça-feira, 1 de março, acolheu diversos bens alimentares, assim como medicamentos e roupa, de todos aqueles que quiseram ajudar, com vista a serem entregues em Évora, e daí partirá o camião em direção à Ucrânia.

Luís Mendes, presidente da instituição garante que esta uma “participação solidária”, e foi com “imensa vontade” que quiseram participar neste ato, porque segundo diz, “hoje por eles, amanhã quem sabe por nós, pelo que seriamos incapazes de ficar indiferentes perante esta situação”.

Foram muitas as pessoas que contribuíram de diversas formas, revela ainda Luís Mendes, considerando que “os materiais de primeiros socorros, assim como medicamentos, nunca são demais, porque de um momento para o outro escasseiam”.

Tivemos a oportunidade de falar com algumas pessoas que se dirigiram a esta instituição, para contribuir, nesta ação solidária. No caso de Sandra Carvalho, levou medicamentos e, emocionada, garantiu que “é tempo de ajudarmos aqueles que mais precisam”, é importante todos nos mobilizarmos para ajudar este povo, porque a situação é má para eles e se se alastra a outros países é importante todos contribuirmos, principalmente com medicação, porque é o que, neste momento, é escasso e faz falta, tanto para os que ficaram na Ucrânia, como os que já conseguiram passar a fronteira”.

Também Maria Carolina Nobre entregou na manhã de ontem alguns bens, que serão enviados para a Ucrânia, garantindo, que neste momento, ” ajudar os outros é algo muito importante e nobre nobre e faz todo o sentido”.

Na APPACDM de Elvas, encontrámos também duas crianças, que ajudaram a instituição, nesta ação solidária para com o povo ucraniano. Ambas demonstraram, aos nossos microfones, a sua tristeza, para com esta situação.

Inês Ticas explica que é preciso ajudar aqueles que, a seu ver, “sofrem na Ucrânia, principalmente as crianças!”, e afirma que o que mais a tocou foi “ver pessoas que não têm culpa, fugir de coisas que não deveriam estar a acontecer, e não podemos evitar não ajudar”.

Já Ana Margarida Mendes revela que é importante ajudar as pessoas que “tentam fugir desta guerra e não têm sitio onde ficar, é uma situação triste, há guerra e há crianças a fugir, é triste, pelo que é muito bom ajudar as pessoas que não têm culpa e tentam fugir”.

Foram entregues, entre outros bens, material de primeiros socorros, medicamentos, como paracetamol ou anti-gripe, alimentos para recém-nascidos, bem como fraldas e toalhitas, ração para animais de estimação, mantas e lençóis, garrafas de água e comidas enlatadas.

Euromilhões com jackpot de 78 milhões de euros

O próximo sorteio do Euromilhões, na sexta-feira, vai contar com um jackpot de 78 milhões de euros.

O segundo prémio, de 112 mil euros, foi entregue a cinco apostadores no estrangeiro. Já o terceiro prémio, de 11.900 euros, foi entregue e 12 apostadores, um deles com aposta registada em Portugal.

A chave sorteada no concurso de ontem do Euromilhões é composta pelos números 8, 24, 26, 39 e 42 e pelas estrelas 3 e 5.

Esta notícia não dispensa a consulta dos números através do portal dos Jogos Santa Casa.

Ucrânia vs Rússia: a dor de quem vive em Portugal com o coração bem longe (c/som)

A invasão da Ucrânia, por parte dos militares russos, deixou cidades destruídas, famílias separadas e milhares de pessoas desalojadas e que, aos primeiros ataques, deixaram para trás uma vida.

No entanto, a dor e o sentimento de destruição afetam não só os que vivem na Ucrânia, mas também os que, a milhares de quilómetros de distância, se sentem impotentes.

Em Elvas, encontrámos uma ucraniana, certamente serão muitos mais, que deixou o seu país há já 21 anos. Com 46 anos, tem na Ucrânia praticamente toda a sua família. Os pais vivem numa aldeia a cerca de 30 quilómetros da zona de conflito. Uma tia está na retaguarda a assegurar a alimentação e apoio aos soldados ucranianos. Nesta altura, de acordo com os relatos que chegam a esta mulher, toda a ajuda é pouca: “é necessária comida, medicamentos e, sobretudo apoio psicológico. Esta era uma guerra que ninguém esperava. A população, quer ucraniana quer russa, está em choque”.

A falta de medicamentos é um dos principais problemas que a população, que se encontra fora da zona de conflito, está a enfrentar. Para a Ucrânia, segue, entretanto, um carregamento de medicamentos adquirido por alguns ucranianos que residem e trabalham no concelho de Elvas

O apelo que esta mulher deixa a todos é que, dentro dos possíveis, “todo o mundo ajude a Ucrânia. Temos esperança que vai passar mas precisamos do apoio de todos”. Numa altura em que milhares de pessoas fogem do país, esta mulher não consegue que os pais deixem a sua terra natal. O pai, com 73 anos, garante que vai ficar para ajudar”.

A Organização das Nações Unidas estima que 12 milhões de pessoas precisarão de ajuda na Ucrânia. Além disso, a ONU apontou ainda que mais de quatro milhões de refugiados em fuga dos combates também necessitarão de apoio.

Informação Covid passa a semanal

A partir de hoje, nos nossos noticiários, passamos a dar informação semanal sobre a pandemia do Covid, deixando assim de apresentar dados diariamente.

Passamos a registar a evolução nos concelhos de Elvas e Campo Maior, na região de saúde do Alentejo, na vizinha Estremadura e no País, como um todo, uma vez por semana.

Sinceramente esperamos que não seja necessário alterar, no futuro, esta informação e que o Covid passe à história.
António Ferreira Góis