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Start Up promove sessão com empresas que se sediaram em Montemor

A incubadora de empresas, Start Up – Montemor-o-Novo, promoveu nesta quinta-feira, dia 24, mais uma iniciativa da “Start Up convida”, desta vez focada para projetos inovadores de empreendedores que, apesar de não serem montemorenses escolheram este concelho para viver, criar, ou sedimentar, as suas empresas.

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Neste evento, estiveram presentes projetos como Gandum Village um projeto que pretende vir a ser um hotel rural, com restaurante, baseado numa filosofia sustentável e de economia circular; Villa dos Cantos, uma iniciativa que pretende promover a música e união; DVet Veterinários Holísticos, que promete uma abordagem diferente aos cuidados dos animais e Humana, uma empresa de design que pretende trabalhar com outras empresas que queiram ter impacto positivo na sociedade.

Olímpio Galvão, presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo acredita que ainda há espaço de crescimento no concelho, “até porque não nos podemos esquecer que Montemor perdeu 20% da população, nos últimos 20 anos”, acrescentando que é importante “fazer com que os filhos da terra voltem à nossa terra, por isso, há espaço para crescer”. O presidente salienta ainda a “preocupação enorme, por parte de quem se muda para Montemor-o-Novo, em mantermos a nossa qualidade de vida e a qualidade ambiental”, admitindo que “a Câmara Municipal está empenhada em manter a qualidade e há grandes hipóteses de haver crescimento”, acrescentando Olímpio Galvão que este é um território com “cerca de 1400 habitantes, num território de 1232 Km²”, uma prova de que este é o espaço de manobra ideal para acontecer um crescimento necessário, no concelho, como adianta o presidente da Câmara Municipal. Quanto à iniciativa promovida pela StartUp esta foi “muito interessante”, realçando o facto de se ouvir a “visão de quem vem de fora e porque é que escolheu Montemor-o-Novo”, declara.

João Almeida da Gandum Village explica que este é “um espaço para todos em que podemos aprender sobre sustentabilidade, ecologia, terá 20 quartos de hotel, restaurante, bar, um espaço de trabalho, um cowork e uma agenda de vários cursos e workshops para as pessoas aprenderem sobre questões da agricultura e sustentabilidade e circularidade”, no entanto, este hotel só abrirá portas oficialmente durante o ano de 2023.

Quanto à escolha de Montemor como cidade que acolhe este projeto, foi uma decisão baseada, não só na existência de “uma comunidade muito forte”, como também por ter “uma oferta cultural muito interessante, com uma natureza ainda muito intocada, com uma proximidade de Lisboa muito interessante”, considerando-se assim, uma localidade que, apesar de estar no centro de uma região rural, tem boas vias de acesso aos grandes centros do país.

Villa dos Cantos, com sede em Cabrela, é o projeto do fadista Ricardo Ribeiro que se fixou no concelho de Montemor-o-Novo, mais precisamente na vila de Cabrela. Este projeto que está agora a iniciar está relacionado “com música, ou seja, música e silêncio e também a paz”, de forma facilitar a “cultura acessível a todos”, tal como declara Ricardo Ribeiro. Este projeto nasce num concelho que, tal como afirma o fadista “que tem esta vida cultural, esta intensidade”, faria todo o sentido que crescesse no concelho. Neste espaço, Ricardo Ribeiro pretende “reunir as três principais expressões étnicas musicais, o cante alentejano, o fado e o flamenco”, expressões características da Penísula Ibérica.

Margarida Raposo, médica veterinária e fundadora da DVet – Veterinários Holísticos, revela que “neste momento a DVet vai transformar-se para ser uma marca com presença nacional”, uma empresa que terá sede em Montemor-o-Novo. Quanto à medicina holística, Margarida Raposo explica que esta é uma visão sobre “não nos focarmos no sintoma, na supressão do sintoma, mas sim no tratamento da causa da patologia”, para além disso, aposta-se numa “medicina mais preventiva do que reativa”, adianta.

Quanto à decisão de Margarida Raposo para a escolha de Montemor-o-Novo para ser sede de empresa, esta vem de encontra à prática profissional que desenvolve, até porque, para a médica veterinária, “este bom casamento entre vida pessoal e vida profissional, que também permite criar coisas boas e bonitas, para a sociedade”, tiveram um peso importante na decisão de Margarida Raposo.

A Humana “é um estúdio de design”, explica Ana Abreu, uma das fundadoras deste estúdio, que pretende “criar estratégias visuais para marcas, organizações e iniciativas que tenham, ou que queiram vir a ter impacto positivo social e ambiental”, acrescenta.

Outro dos fundadores deste estúdio de design presente no evento promovido pela Start Up Montemor, Tiago Narciso, adianta que “Montemor, para além de ser uma cidade lindíssima e estar rodeada de natureza, nós apercebemo-nos que era uma cidade que apoiava muito a cultura”, sendo este um dos fatores mais importantes para a escolha, desta cidade, bem como do sentimento de união de comunidade existente.

A incubadora de empresas Start Up de Montemor-o-Novo que recebeu ontem, nas suas instalações, mais uma sessão da “StartUp convida”, desta vez focando em empresas de fora que se sediaram no concelho de Montemor-o-Novo.

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