O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou esta quinta-feira, de madrugada, uma operação militar na Ucrânia, para defender os separatistas “em Donbas”, no leste do país.
“Tomei a decisão por uma operação militar”, declarou Putin numa mensagem de televisão inesperada, pouco antes das 3 horas da madrugada. Na mensagem, o mandatário russo pediu aos militares ucranianos que “deponham as armas”. Putin garantiu ainda que o objetivo não é “a ocupação”, mas sim a “desmilitarização” da Ucrânia.
Portugal condena o ataque
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condenou esta operação militar da Rússia no leste da Ucrânia e publicou nota no sítio oficial da Presidência da República na Internet.
“O Presidente da República, em consonância com o Governo, condena veementemente a flagrante violação do Direito Internacional pela Federação Russa e apoia a declaração do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, expressando total solidariedade com o Estado e o povo da Ucrânia”, lê-se na nota.
Conflito vivido por ucraniana residente em Elvas
Uma residente em Elvas, natural da Ucrânia, que não quis prestar declarações à Rádio ELVAS, por ter família dos dois lados da fronteira, entre a Ucrânia e a Rússia, comparando a proximidade destes dois países àquela que divide Elvas de Badajoz, e por não saber, ao certo, os motivos desta invasão, tem recebido vários vídeos dos ataques e do medo que se vive no seu país.
As televisões, quer russas, quer ucranianas, revela ainda, estiveram em silêncio, relativamente a este assunto, quase durante toda a noite.
Em lágrimas, esta mulher contou-nos ainda que tem procurado manter-se em contacto com os familiares, aguardando ainda respostas para o que se está a passar junto do Consulado da Ucrânia em Portugal.