Almirante Mendes Calado sai “não por vontade própria”

O almirante António Maria Mendes Calado foi nesta quinta-feira exonerado do cargo de Chefe do Estado-Maior da Armada, no qual vai ser substituído pelo até então vice-almirante Gouveia e Melo.

O almirante Mendes Calado é natural de Cabeço de Vide, no concelho de Fronteira, tinha sido nomeado para o cargo 1 de março de 2018.

A nomeação do Vice Almirante Gouveia e Melo já tinha sido anteriormente avançada, devido à alegada má relação entre o Ministro da Defesa e o até agora Chefe do Estado-Maior da Armada, e ainda segundo algumas opiniões, por se tratar da forma de premiar o conhecido “Almirante das Vacinas”.

Gouveia e Melo fez um excelente trabalho na Task Force das vacinas que já elogiei por diversas vezes, embora as declarações sobre a candidatura a Presidente da República parecem mostrar uma evolução de pensamento que vai ganhando ambição com o tempo.

Numa mensagem de despedida, o agora exonerado almirante António Maria Mendes Calado, antes de deixar a Marinha disse que sai, mas “não por vontade própria”, deixando ainda nota que “quem o conhece sabe que nunca tomaria tal decisão”.

A exoneração do Almirante é um caso que não prestigia a Armada, nem as Forças Armadas e que devia ter sido evitado, para bem do bom nome da instituição que com os recentes casos dos recrutas mortos no Comandos, das armas roubadas em Tancos e dos diamantes da República Centro Africana vieram ensombrar.

António Ferreira Góis

Diretor da Rádio ELVAS