A Câmara Municipal de Elvas aprovou, esta quarta-feira, dia 24 de novembro, em reunião de câmara, um orçamento inicial para 2022 de 24 milhões de euros, mas que poderá chegar aos 30 milhões, graças, por exemplo, à contrapartida dos fundos comunitários para as obras realizadas.
De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Elvas, Rondão Almeida, “foi tomada uma decisão bastante importante que consiste na manutenção dos valores a aplicar nas taxas municipais, como é o caso, por exemplo, da derrama ou IMI”. No decorrer da sessão, o autarca referiu que “gostaria de cumprir o que disse na campanha, de baixar o valor cobrado, mas, devido à situação financeira da autarquia, não é possível fazer mexidas nos valores”.
No próximo ano, segundo o autarca, a Câmara de Elvas vai tentar “aproveitar todos os programas existentes que possam dar financiamento a fundo perdido, como é o caso do programa assinado com o IRUH, no valor de 22 milhões de euros, para recuperação de habitações e colocação de agregados familiares. Pensamos fazer um grande investimento no parque industrial e queremos apostar no antigo lar de Santa Eulália, o que poderá vir a criar mais postos de trabalho e dar resposta às necessidades dos utentes”.
O ponto 4.13 da reunião de câmara, relacionado com as Grandes Opções do Plano, Orçamento e Mapa de Pessoal para 2022, foi aprovado por unanimidade.
Paula Calado, vereadora eleita pela coligação PSD/CDS-PP, explica que a decisão de votar a favor deste orçamento resultou de “muitas horas de reuniões internas em que analisámos toda a situação financeira da câmara. Tudo aquilo que eu propus foi aceite e todas a questões me foram explicadas devidamente”. A vereadora lamenta mas compreende “o pouco apoio e incentivo aos empresários contemplado neste orçamento, uma vez que a autarquia tem de ter “capital próprio para poder aceder aos fundos do PRR”.
A Rádio ELVAS tentou obter declarações por parte dos vereadores do Partido Socialista, mas não foi possível. No entanto, no decorrer da reunião de câmara, os eleitos socialistas consideraram que este orçamento é real e que se adequa à situação do país e da autarquia, dando um voto de confiança ao executivo ao votarem a favor, uma vez que as ideias apresentadas pelo partido constam no orçamento.