O Núcleo de Campo Maior da Liga dos Combatentes assinalou, na manhã deste sábado, 13 de novembro, os 103 anos do Armistício da Grande Guerra, para além de celebrar o quarto aniversário do Monumento do Combatente e de condecorar quatro antigos militares que estiveram na Guerra do Ultramar.
O objetivo, destas cerimónias, revela o presidente do núcleo, João Restolho, é, acima de tudo, fazer com as pessoas não esqueçam aquilo que foi a Guerra do Ultramar, que, recorda, é ainda “muito recente”, e em que muitos portugueses, “sem quaisquer interesses”, defenderam a pátria.
Relativamente às condecorações hoje feitas, João Restolho explica que os quatro campomaiorenses em causa – David Caraças, Francisco Funenga, Francisco Silveirinha e Rui Gouveia – estiveram em várias missões, na guerra: um na Índia, Macau, Angola e Guiné, dois na Guiné e outro em Angola. “A ideia é sempre que estes heróis sejam recordados”, adianta.
Quanto ao Monumento do Combatente, inaugurado em 2017, o presidente do núcleo explica que foi sempre um dos objetivos, desde a sua fundação. “Procurámos um sítio que se ajustava ao que nós pretendíamos, junto à Escola Secundária e ao Centro Cultural, numa rotunda, bem visível, para que ficasse registado este momento, para que possamos fazer estas cerimónias e para que as gerações futuras, principalmente, quando passam aqui saibam qual o significado deste monumento”, remata.
Esta, garante o presidente da Câmara, Luís Rosinha, acabou por ser “uma justa homenagem”, em vida, a quatro antigos militares campomaiorenses. “Foram missões que nós, portugueses, não nos podemos esquecer de forma alguma maneira e que tanto homenagearam a alma portuguesa, em momento de guerra”, comenta o autarca.
Rosinha diz ainda ser “uma obrigação” do município associar-se a esta cerimónia, assim como a qualquer atividade do núcleo, dando os parabéns a João Restolho por todo o trabalho que tem desenvolvido ao leme do núcleo da Liga dos Combatentes.
Presente na cerimónia esteve o comendador Rui Nabeiro, que não deixou de enaltecer a realização destas iniciativas, lembrando que são “sempre poucas” as homenagens que se possam prestar a quem defendeu o país em guerras.
A cerimónia contou com a participação do Regimento de Cavalaria nº3 de Estremoz. As entidades presentes – Núcleo da Liga dos Combatentes, Município de Campo Maior e Juntas de Freguesias – depositaram flores no monumento, prestando, desta forma, homenagem aos militares falecidos.