Prémio “dá visibilidade e atesta qualidade” da Casa da História Judaica de Elvas

A Câmara Municipal de Elvas foi recentemente distinguida com o prémio Autárquico “Aristides de Sousa Mendes e outros salvadores portugueses – Holocausto, valores universais, humanismo e justiça”, com a candidatura da Casa da História Judaica.

“O prémio, acima de tudo, dá visibilidade ao monumento e acaba por atestar a sua qualidade, de outra forma não poderia ter ganho”, começa por dizer a vereadora na Câmara de Elvas, Paula Calado, lembrando que a temática do monumento “toca num nicho de turismo muito importante”, não sendo exclusivo de Elvas, uma vez que a presença judaica a nível do Alto Alentejo “é muito forte”.

Agora, a cidade “passa a fazer parte dessa rede, onde se encontra Castelo de Vide, por exemplo, e não só, onde a temática já atrai milhares de visitantes por ano”, acrescenta a vereadora com os pelouros da Cultura e Turismo. “Queremos que também venham a Elvas, ver a nossa Casa da História Judaica”, acrescenta.

Este prémio é uma organização da Direção-Geral das Autarquias Locais. O diploma vai ser entregue ao Município de Elvas em data ainda a definir.

A Casa da História Judaica, em Elvas, fica situada na Rua dos Açougues, num edifício que chegou a ser utilizado como matadouro municipal.

No passado dia 19 de outubro, foi descerrada uma placa evocativa de homenagem a Aristides de Sousa Mendes (não foi trasladado do corpo, que continuará sepultado no concelho de Carregal do Sal, terra natal do antigo diplomata) na sala dois do Panteão, que acolhe os túmulos de Aquilino Ribeiro, do general Humberto Delgado, de Sofia de Mello Breyner Andresen e Eusébio da Silva Ferreira, sendo uma coincidência feliz para Elvas a atribuição deste prémio nesta altura em que se volta a evocar este distinto diplomata português.