João Rosinha é presidente da Junta de Freguesia da Expectação há oito anos, cargo que deixará brevemente, na sequência das eleições autárquicas do passado mês.
Foram muitos os projetos desenvolvidos por si e pela sua equipa, ao longo destes anos, principalmente aqueles que dizem respeito ao cariz social. “Temos uma obra que considero vastíssima, muita dela, invisível aos olhos da população, que é a de cariz social, na qual nos empenhámos fortemente e da qual destaco o Programa de Apoio Social (PAS) em que foram distribuídas mais de cinco toneladas de alimentos e produtos de limpeza, e investidos cerca de 15 mil euros, sendo também um apoio ao comércio local e instituições que dele beneficiam”, refere João Rosinha destacando também as pequenas reparações em casa das pessoas mais necessidades e as bolsas de estudo, “que foram uma inovação no concelho, ao nível das juntas, onde foram atribuídas dez bolsas por ano e investidos cerca de 48 mil euros”.
A junta prestou também “apoio informático aos fregueses que dele necessitavam, nomeadamente ao nível do preenchimento do IRS, e foram ainda atribuídos apoios às coletividades, que rondam os cinco a seis mil euros, anualmente; a junta dispunha também de um programa de apoio à mobilidade, com a cedência, a titulo de empréstimo, de cadeiras de rodas, havendo 25”, acrescenta.
João Rosinha considera que a junta teve pouco apoio municipal, ao longo destes oito anos, para os investimentos. “Ao longo destes oito anos, e no total recebemos 27 mil euros de apoio municipal, dos quais 20 mil, no mandato do presidente João Muacho, para a construção do campo de futebol, que custou 24 mil euros, já para o campo de padel, inaugurado em 2016, e que teve um custo de 23 mil euros, tivemos um apoio municipal 7.500 euros”. João Rosinha destaca ainda o investimento feito para o parque de merendas, cerca de 10 mil euros, onde foram “criadas sombras, um campo de mini futebol, mesas e também é cedido para pequenas festas de aniversário, em que as pessoas pagam 10 ou 12 euros em produtos alimentares que são depois entregues à loja social”.
Questionado sobre se deixa alguma coisa por fazer, João Rosinha diz que há sempre algo que fica por fazer, tendo esperança que o próximo executivo o possa concluir. “Há algo que fica por fazer e esperamos que os novos corpos executivos possam continuar alguma da nossa obra, é evidente que vão trazer as próprias ideias e projetos, mas há alguns que gostava de focar e que não conseguimos fazer devido à pandemia e do mandato não ter sido concretizado com a eventualidade de podermos ter feito este último mandato, onde prevíamos aumentar os valores das bolsas de estudo e do PAS, criar programa de subsídios de nascimento para incentivar a natalidade, no concelho, e criar o cartão do freguês, que iria dinamizar no comércio local”.
Há dois projetos que o ainda presidente da Junta da Expectação destaca: as bolsas de estudo e o PAS. “Estes dois projetos enchem-nos de orgulho, porque fomos pioneiros a lançá-los e tiveram muita recetividade, nos campos em que são aplicados”.
João Rosinha recorda ainda os tempos em que esteve à frente da Associação das Festas do Povo, realçando os dois prémios na área do turismo, que foram ganhos nessa altura. “Em finais de 2010 havia uma grande vontade de fazer as Festas e fizemos as de 2011 e 2015 com muito êxito e receberam dois prémios, na área do Turismo, e de certeza que o brilhantismo dessas Festas contribuíram, um pouco, para esta candidatura da UNESCO, pelo que estamos muito orgulhosos por isso e é evidente que não foi só o nosso trabalho, mas de todas as gerações que contribuíram, cada vez com mais brilho”, assumindo que “a próxima edição será ainda mais brilhante do que as que passaram e, por aí fora”.
Como balanço final João Rosinha assume que nas funções desempenhadas sempre agiu com humildade e descrição, mas acima de tudo com dedicação. “Eu, nas funções que desempenhei sempre procurei agir com muita humildade e descrição, sem desejos de protagonismo, muito afastado disso, e muita dedicação àquilo que faço, sempre procurando a perfeição, sabemos que é impossível de atingir, mas ao dedicar todo o esforço na procura desses ideais”. “A proximidade foi um objetivo, mas não forçada, foi natural e fruto do conhecimento que já tinha de grande parte da população, adquirida ao logo dos anos em que fui presidente da Associação das Festas do Povo”, remata.
João Rosinha, a dar conta do trabalho desenvolvido ao longo dos últimos oito anos, como presidente da Junta de Freguesia da Expectação. Pode ouvir a entrevista completa, logo depois do noticiário do meio-dia.