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Pandemia impede festa dos 17 anos dos Caçadores de Vila Boim

A Associação de Caçadores de Vila Boim, no concelho de Elvas, celebrou ontem, dia 7, o seu 17º aniversário, mas devido à pandemia, a tradicional celebração, com o almoço que reúne sempre os sócios, no pavilhão daquela freguesia do concelho de Elvas, não pode realizar-se, novamente, este ano.

António Rocha, o presidente da associação, explica que, para se evitar que apenas alguns sócios pudessem participar nestas comemorações, a direção decidiu-se pela não realização do almoço. “Normalmente, temos sempre muita gente e para não estar a fazer diferença, optámos por não fazer nada ainda este ano”, adianta.

As restrições à caça e a falta dos convívios habituais, adianta ainda António Rocha, foram as principais diferenças verificadas, desde março do ano passado, com a chegada da Covid-19. “A caça é um desporto, já não é como antigamente. Hoje, já não vivemos da caça. E costumamos dizer que a melhor parte é a segunda, isto é, o convívio após a caça, quando nos juntamos no nosso pavilhão, que temos no Monte da Cavaleira. Levamos um petisco e fazemos um almoço”, recorda, explicando que, por esta altura, nada disso é possível.

Para António Rocha, e embora lei da caça tenha vindo a conhecer algumas alterações, continua a não ser organizada, com os caçadores a não terem acesso a quaisquer direitos e apoios. “Nós vivemos apenas da cotização e temos encargos com rendas de propriedade”, recorda.

“Para fazer um projeto, temos de pagar. Para podermos caçar, temos de pagar o imposto por cada hectare que estamos a explorar. Acho que são coisas a mais que somos obrigados a pagar”, diz ainda o presidente da Associação de Caçadores de Vila Boim.

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