Vera Escoto: vacinação massiva em Elvas justifica pouca afluência à Casa Aberta

A estrutura concelhia de vacinação, em Elvas, está de “Casa Aberta”, de segunda a sexta-feira, durante uma hora, para vacinar pessoas com mais de 16 anos que, até então, não receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19.

Assim, qualquer pessoa, nestas condições, que queira ser vacinada, basta comparecer no Centro de Negócios Transfronteiriço de Elvas, com o seu cartão de cidadão, entre as 11 horas e o meio-dia, para que lhe seja administrada a vacina, de acordo com a diretora clínica da Unidade de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), Vera Escoto. “Um jovem que este fim de semana que passou, por qualquer motivo não pôde estar em Elvas, mas que reúne condições para ser vacinado, apresenta-se com o seu cartão de cidadão, preenche o inquérito e se estiver em condições de ser vacinado, é vacinado”, exemplifica.

Em vários pontos do país, para que as pessoas sejam vacinadas, através desta modalidade de “Casa Aberta”, é necessário que seja pedida uma senha digital, no dia em que será feita a inoculação. Ainda assim, em Elvas, bem como em todo o distrito, revela Vera Escoto, não há necessidade de tirar essa senha. “Nos grandes centros, como o de Odivelas, em que há imensas pessoas a chegar nesse período dessa “Casa Aberta”, tira-se essa senha, para haver uma sequência, para que não haver atropelos”, explica a médica, adiantando que, em Elvas, não há uma afluência tão grande que justifique a necessidade da senha digital.

Vera Escoto adianta ainda que, por norma, neste período de “Casa Aberta”, não tem comparecido muita gente no Centro de Negócios, uma vez que a população tem respondido, de forma massiva, à vacinação. “As pessoas Estão a aparecer regularmente, mas com uma cadência perfeitamente normal, porque a população do distrito e do concelho de Elvas tem aderido à vacina e só ficam aquelas pessoas que, por algum motivo, não tenham sido vacinadas”, explica. “A população tem sido extraordinária e não temos tido muita gente por isso”, acrescenta a diretora clínica da ULSNA.

No fim de semana passado, “foram poucos” os jovens, dos 16 aos 17 anos, que não compareceram para ser vacinados. “Houve poucas faltas e só ficaram cerca de 50 de jovens por vacinar, o que quer dizer que a vacinação foi massiva”, adianta. Já este sábado, dia 21 de agosto, entre as 9 e as 16 horas, serão vacinadas as crianças dos 12 aos 15 anos.

Atualmente, e depois de uma fase inicial, em que as pessoas eram chamadas para serem vacinadas, através do Centro de Saúde, a vacinação funciona, agora, através de autoagendamento. Ainda assim, explica Vera Escoto, quando as pessoas não estão a ser vacinadas, por algum motivo, os profissionais de saúde tentam entrar em contacto.

Relativamente às vacinas a ser administradas, a médica revela que a dose unida da Jansen está a ser dada a homens com mais de 18 anos e mulheres com mais de 50. As mulheres com mais de 50 anos devem ser receber a vacina da Pfizer ou da Moderna. Abaixo dos 16 anos, é sempre administrada a vacina da Pfizer.

Já as grávidas, com mais de 16 anos, a partir das 21 semanas de gestação, devem ser vacinadas. No caso de pessoas que já estiveram infetadas com Covid-19, há duas hipóteses: quem antes de ter sido infetado, já tinha recebido a vacina, fica a vacinação completa; já quem ficou infetado, antes de receber a vacina, terá de ser inoculado com uma dose.