Os “Percursos pelo Património” de Elvas voltaram a realizar-se este sábado, 5 de junho, com a participação de mais de duas dezenas de pessoas, interessadas em conhecer, ao detalhe, as fortificações seiscentistas da cidade, a partir dos fossos.
“Vamos visitar uma série de elementos que constituem as muralhas modernas, alguns conhecidos pela grande maioria das pessoas, embora possam não saber qual a sua função, a sua tipologia e a sua terminologia técnica”, começa por explicar o guia deste primeiro percurso, o tenente-coronel José Ribeiro.
Com a iniciativa, adianta, procurou-se dar a conhecer e explicar também as funções de elementos “que estão em estudo e que são desconhecidos das pessoas”, não só das muralhas de Elvas, como as do mesmo construtor, Cosmander, como é o caso das galerias magistrais, galerias capitais, as minas e contraminas. “Muitos destes elementos estão entaipados, outros apenas têm apenas partes visíveis”, revela.
Parte dos elementos das fortificações da cidade de Elvas, hoje apresentados a este grupo de pessoas que quiseram participar na iniciativa, explica ainda José Ribeiro, fizeram parte da candidatura de Elvas a Património da Humanidade. Muitos deles, adianta, não são únicos, uma vez que Campo Maior e Olivença também os têm.
“Em Olivença, felizmente, apesar da destruição de grande parte das suas fortificações, conseguiram-se descobrir esses elementos que estavam entaipados e, portanto, esperemos que, dentro de algum tempo, Elvas tenha coragem de desentaipar esses elementos e poderemos fazer uma visita às muralhas, não só no exterior, mas também no interior, no seu miolo”, remata o tenente-coronel.
O próximo “Percurso pelo Património” está marcado para dia 3 de julho, com Mário Cabeças a apresentar, aos interessados, a Sé de Elvas. A iniciativa é uma organização da Câmara Municipal de Elvas.