Fez recentemente um ano em que Marcelo Rebelo de Sousa decretou o estado de emergência no país, devido à Covid-19, num diploma que contemplava o confinamento obrigatório.
Desde então, as vidas dos portugueses nunca mais foram as mesmas. Para além das consequências económicas para praticamente todos os setores da sociedade, as pessoas viram-se obrigadas a manter-se, o maior tempo possível, entre as quatro paredes das suas casas.
O desejo de que tudo passe, o mais rápido possível, é grande, para que se possa retomar o dia a dia que se vivia antes da pandemia, mas a verdade é que muita gente não acredita que esse momento esteja para breve.
Para além de ouvirmos a população em Elvas, quisemos também saber o que os campomaiorenses tencionam fazer assim que a pandemia passar e as restrições terminarem. “O meu maior desejo é poder ir a casa do meu filho, em Lisboa”, assegura uma senhora, que adianta que, no último ano, não esteve com a sua família mais próxima tantas vezes quanto gostaria. “Poder abraçar as pessoas, dar um beijo, chegar mais próxima”, diz-nos outra mulher de Campo Maior.
Viajar, seja em Portugal, seja fora, e ir até à praia são outros dos desejos de alguns dos campomaiorenses que entrevistámos. “O meu maior desejo é que estejamos todos bem e que continuemos a fazer o que fazíamos antes”, revela-nos um homem, que anseia por poder voltar a alegar a população da vila com o seu acordeão.
Já uma criança conta que tem saudades do tempo de escola, antes da pandemia, em que podia brincar sem restrições. “O meu desejo é ter saúde”, revela ainda um senhor, já na sua avançada idade.
Foi a 2 de março, do ano passado, que foram identificados os dois primeiros casos de Covid-19 em Portugal. Desde então, mudaram-se os hábitos e as vontades e nada mais foi igual. As previsões apontam para que a normalidade ainda demore a regressar.