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Ensino à distância “corre bem” e dentro do possível, dizem alunas

Passado quase um ano desde o primeiro confinamento, que levou ao encerramento das escolas e à consequente adoção do ensino à distância, esta semana regressaram as aulas, uma vez mais, por meios digitais, para alunos do primeiro ciclo ao ensino secundário.

Apesar do muito tempo que houve para que fosse feita uma preparação deste novo período de aulas à distância, as aulas, em muitas situações, continuam a não decorrer da melhor maneira, tendo em conta todas as condicionantes inerentes a este tipo de ensino: as diversas plataformas existentes, a falta de acesso a computadores com internet e as dificuldades de muitos professores, pais e alunos com as novas tecnologias.

Ainda assim, e em Elvas, de acordo com duas alunas da Secundária D. Sancho II, este novo período tem corrido até de forma positiva.

Sara Moleiro, aluna de 11º ano, considera que tem conseguido adquirir todos os conhecimentos das diversas disciplinas, através das aulas online. “Este ano, houve mais tempo de preparação e já há outro tipo de forma de lidar com a pandemia e conseguimos aprender tudo, de forma igual, em casa”, garante.

Relativamente aos horários, Sara revela que tudo se mantém igual às aulas presenciais, quando retomadas, no ano passado: “temos o mesmo horário, com o mesmo tempo de aulas, os mesmos intervalos e funciona tudo igual”.

Esta aluna revela ainda que as aulas decorrem, de professor para professor, de forma diferente, adiantando que, na sua turma, todos os alunos têm acesso a computadores com internet para aceder a estas aulas. Para poder participar nas aulas, através de videochamada, conta Sara, a sua encarregada de educação teve de dar autorização.

Apesar de, do seu ponto de vista, o ensino à distância estar a correr bem, Sara tem saudades dos tempos de aulas presenciais, tendo em conta o convívio diário com os colegas. As mesmas saudades desses momentos tem Carolina Casa Novas, também aluna de 11º ano na secundária elvense. “Com o confinamento, ficámos todos impedidos de fazer algumas coisas que fazíamos antes, mas é do convívio e de estarmos uns com os outros que sentimos todos mais falta”, garante.

Carolina revela ainda que, a seu ver, o ensino à distância em nada se pode comparar ao presencial, mas que, dentro dos possíveis, tem corrido bem. “É o máximo que se pode parecer, fazendo os possíveis e os impossíveis, como se estivéssemos na escola, mas tem dado resultado”, garante.

Esta aluna garante ainda que sente que os professores têm feito todos os esforços para conseguir lecionar a matéria da melhor forma possível, concordando ainda com a reposição das aulas, nos períodos habituais de férias. “Tivemos estas duas semanas de férias, não muito habituais, mas tendo em conta o tempo que tivemos parados, temos de compensar de alguma maneira, sobretudo aqueles que fazem exames este ano”, justifica.

De recordar que o ensino à distância, em 2020, durou quase quatro meses. Espera-se agora que, desta feita, seja por menos tempo, impedindo que as consequências negativas deste tipo de ensino, para alguns alunos, sejam mais acentuadas.

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