O dispositivo de combate aos incêndios dispõe este ano, a nível nacional, de 11 827 operacionais, mais cerca de 500 efetivos do que em 2019, apoiados por 2 664 meios terrestres e 60 meios aéreos
No concelho de Campo Maior, a corporação conta com duas equipas: uma de combate a incêndios e outra de abastecimento, num total de 10 elementos. Miguel Carvalho (na foto), comandante da corporação campomaiorense, lamenta que os “no que diz respeito aos veículos de combate a incêndios, um é de 1985 e outro de 1999. Aí sim está o problema. Tenho um carro com 35 anos e outro com 21. Claro que nós vamos reparando mas mas são viaturas que contam com muitos quilómetros, muitas horas de trabalho e muito desgaste. É essencial que o Governo comece a pensar reestruturar os bombeiros ao nível das viaturas porque ter homens e não ter meios em condições não dá em nada”.
Miguel Carvalho considera que o facto do distrito não contar com o meio aéreo, que estava sediado em Ponte de Sor, “vem afetar no combate inicial aos incêndio florestais. Espero estar enganado, mas parece-me que este ano vai ser um ano com incêndios rápidos e com alguma violência. Portanto, perder o meio aéreo da Ponte de Sor é uma grande perda para o distrito”.
O período critico de combate a incêndio teve início no passado dia 15 de maio, estando em vigor o “reforçado nível II” até dia 31. O “reforçado nível III” decorre entre 1 e 30 junho e o “reforçado nível IV” entre 1 de julho e 30 de setembro, passando novamente para o “reforçado nível III” entre 1 e 15 de outubro.