Peixes mortos no Rio Guadiana preocupam QUERCUS

Foto arquivo

A morte dos peixes no Rio Guadiana é uma realidade que se vive nas margens junto à Ponte da Ajuda, em Elvas.

Com a falta de chuva e a diminuição do caudal do rio, são algumas as dezenas de animais que ali se vão aglomerando.

Nuno Sequeira, dirigente da Quercus no Alentejo, aponta várias causas para esta situação, entre elas “a degradação da qualidade da água fruto da alta temperatura e do baixo caudal; pode ter a ver com a multiplicação descontrolada de alguns organismos, como as cianobactérias ou até com a falta de oxigénio na água o que leva à morte dos peixes”.

Esta situação observa-se “ao longo de todo o leito do Rio Guadiana com milhares de peixes mortos algo que preocupa muito a Quercus apesar de sabermos que a temperatura elevada aliada à pouca água leva a um desequilíbrio ecológico”, sublinhou o responsável.

Nuno Sequeira garante que a remoção dos animais tem que ser feita “muito rapidamente” e apela à população para que “não recolha e muito menos ingira estes animais”.

José Salema, presidente da EDIA, empresa gestora de Alqueva, garante que “a qualidade da água não está afetada e prova disso são as análises regulares que têm sido feitas”.

Apesar de não ser responsabilidade da EDIA remover estes animais, José Salema garante que “a situação da zona da Ponte da Ajuda vai ser analisada e se se justificar vai haver uma intervenção”.

A morte dos peixes no Guadiana começou por se verificar ainda em Espanha, a montante da zona da Ajuda, numa altura em que os espanhóis deixaram de libertar água, após a mudança do ano hidrológico, que teve lugar a 1 de outubro.