Entre hoje, 5 de março, e o próximo dia 27, vive-se, em todo o concelho de Elvas, o Mês do Teatro, com um total de dez espetáculos, divididos por oitos espaços diferentes.
A organização do Acto – A Festa do Teatro em Elvas é da responsabilidade da associação cultural Um Coletivo, que, desta feita, quis levar o teatro para fora do Cineteatro Municipal. Esta descentralização acaba por ser “uma experiência muito diferente e radical”, face ao que aconteceu em edições anteriores do evento, que, ainda assim, mantém a intenção de apresentar peças que se dirijam a toda a família, revela Cátia Terrinca, do Um Coletivo.
“Contactámos as juntas de freguesias, que felizmente se mostraram muito abertas a esta possibilidade, e vamos ter espetáculos em praticamente todos os espaços culturais do concelho”, adianta a responsável, tendo esperança que, nas próximas edições desta Festa do Teatro, esta aposta se possa replicar. Os trabalhos apresentados no decorrer do evento, adianta Cátia Terrinca, ou são feitos no Alentejo ou que têm alguma relação com esta região do país.
A abertura do evento acontece hoje, às 21 horas, no Cineteatro de Elvas, com uma conversa intitulada “Interior: que lugares para novos públicos e novos artistas”, com as participações do diretor-geral das Artes, Américo Rodrigues, Elisabete Paiva, da Materiais Diversos, e Rui Horta, d’O Espaço do Tempo. A partir daqui, e a cada sexta-feira, sábado e domingo deste mês haverá espetáculos. Amanhã, pelas 11 horas, o Um Coletivo apresenta, no mesmo espaço, a peça “O Cão que Vem de Tão Tão Longe”, para toda a família.
Da programação, Cátia Terrinca destaca ainda uma sessão única de um espetáculo, que será produzido por Nilson Muniz, através de poemas escritos por elvenses, e que será apresentado em Vila Fernando, no dia 26. A atriz apela para que qualquer pessoa, em Elvas, que goste de escrever poesia, faça chegar os seus poemas ao Um Coletivo.
Marionetas, palhaços e poesia serão apenas alguns dos ingredientes deste Mês do Teatro. No Cineteatro de Elvas serão apresentadas as peças “Quarto Império”, do Um Coletivo, “que trabalha questões relacionadas com as memórias da Guerra Colonial e os retornados”, a 13 de março, e “No Limite da Dor”, das Lendias d’Encantar, sobre presos políticos, no dia 18.
Cátia Terrinca revela ainda que, no âmbito desta iniciativa, será inaugurado um espaço cultural na Escola Básica de Vila Boim, onde o Um Coletivo tem vindo a desenvolver o Plano Nacional das Artes.
Na organização do Acto – A Festa do Teatro em Elvas, o Um Coletivo conta com o apoio da Câmara Municipal. Todos os espetáculos têm entradas livres, aconselhando-se a reserva antecipada para o e-mail geral.umcoletivo@gmail.com ou telefone 935 039 151.
Entre os dias 13 e 31, este Mês do Teatro conta ainda com uma emissão diária, pelas 9.15 horas, na Rádio ELVAS.
A programação completa:
– dia 5 (sexta-feira): conversa “Interior – que lugares para novos públicos e novos artistas”, pelas 21 horas, no Cineteatro Municipal de Elvas;
– dia 6 (sábado): “O cão que vem de tão tão longe”, pelo Um Coletivo, a partir das 11 horas e para toda a família, no Cineteatro Municipal de Elvas;
– dia 11 (sexta-feira): peça “As mãos das Águias”, de O Plano, Galateia, para a família, às 18 horas, no Pavilhão Comendador Rondão Almeida, em Vila Boim;
– dia 12 (sábado): espetáculo “Lusíadas para Miúdos: A Epopeida”, por Paulo Roque, no Pavilhão Multiusos de Santa Eulália, pelas 18 horas;
– dia 13 (domingo): “Quarto-Império”, do Um Coletivo, no Cineteatro Municipal de Elvas, a partir das 18 horas;
– dia 18 (sexta-feira): peça “Limite da Dor”, das Lendias d’Encantar, no Cineteatro Municipal, para o público em geral, pelas 21 horas;
– dia 19 (sábado): “Menino do Lapedo”, de Valdevinos, na Casa da Cultura de Barbacena, pelas 18 horas:
– dia 20 (domingo): “Achimpa”, de Valdevinos, a partir das 18 horas, no Pavilhão Multiusos de São Vicente;
– dia 25 (sexta-feira): “Dona Catita”, de Cia Bipolar, no Centro de Recreio Popular da Boa-Fé, a partir das 21 horas;
– dia 26 (sábado): “Poetas de Elvas”, de Nilson Muniz, na Casa da Cultura de Vila Fernando, pelas 18 horas;
– dia 27 (domingo): “Umana”, de Maria d’Alegria, no Fortim do Bairro de São Pedro, às 18 horas.