
A tradicional Procissão dos Pendões marcou, este sábado, 20 de setembro, o arranque oficial das Festas em honra do Senhor Jesus da Piedade e da Feira de São Mateus, em Elvas. Um ano mais, o cortejo religioso juntou milhares de fiéis, que fizeram o trajeto que liga a Sé, na Praça da República, ao Santuário, no Parque da Piedade.
Durante a procissão, presidida pelo arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, ouviu-se, como habitualmente, e por diversas vezes, o famoso hino do Senhor Jesus da Piedade, interpretado pela Banda 14 de Janeiro, assim como pela Banda da Sociedade Filarmónica Redondense e pela Banda Filarmónica de Bombeiros Voluntários de Sousel, que já de manhã tinham realizado a tradicional arruada no centro histórico, para a prestar cumprimentos às mais diversas entidades.
Os escuteiros de Elvas, como vem sendo tradição, voltaram, com mais de cem elementos, a ser os responsáveis por coordenar toda a procissão, num apoio direto ao trabalho da PSP. Nesta procissão voltaram a estar representados os pendões de igrejas, freguesias, associações, coletividades e outras entidades, não só de Elvas, como de concelhos vizinhas, como Campo Maior, Borba e Alandroal.
Apelando à unidade do mundo e à paz, o arcebispo de Évora garantiu que os doentes e aqueles que estão sós estiveram no coração daqueles que participaram nesta procissão: “eu acho que vão aqui connosco, no nosso coração, de um modo especial, os doentes, aqueles que estão sós, as pessoas que, por qualquer motivo, no seu trabalho, nas suas obrigações, estão a acompanhar-nos através da Rádio Elvas. Queria pedir-lhes esta unidade de coração. Eles estão no nosso coração, nós queremos estar no vosso coração”.
“Queremos ser um, neste tempo em que faz tanta falta a unidade do mundo, pedindo pela paz, no momento em que a paz é uma necessidade tão premente, em que a paz se encontra em situação tão fragilizada. Tenhamos, pois, presente a faixa de Gaza, tenhamos presente a Ucrânia, tenhamos presente Cabo Delgado em Moçambique, o Congo, a República Democrática do Congo, tenhamos presente vários países onde os direitos humanos são espezinhados. Peçamos a Deus por aqueles que são grandes no mundo e hegemonicamente poderosos, que tenham o sentido da humanidade, que, à frente de todo o interesse material, financeiro, de poder, de domínio, tenham no seu olhar cada pessoa”, disse ainda D. Francisco Senra Coelho.