
No âmbito do Festival Sete Sóis Sete Luas, que se faz de música, arte, cultura e gastronomia de várias partes do mundo, o chef elvense Vicente Grenho viajou, recentemente, até Itália e Marrocos, para dar a provar alguns dos seus melhores pratos.
Embora o responsável pelo festival, o italiano Marco Abbondanza, já tentasse convencer Vicente Grenho a participar no evento há alguns anos, só agora teve oportunidade de embarcar nesta aventura “riquíssima”, depois de se reformar.
Recebido com “um carinho especial”, Vicente Grenho teve em Itália “uma das melhores experiências” da sua vida. “Fiz lá a nossa cozinha alentejana, as nossas tradições, mas também aprendi as tradições dele”, começa por recordar. Presinhas do Alguidar à moda de Elvas com migas de tomate, gaspacho à alentejana e o célebre Bacalhau Dourado foram algumas das iguarias que fizeram as delícias de quem teve oportunidade de as degustar.
Já em Marrocos, Vicente Grenho encontrou uma realidade “um bocadinho diferente” daquela que conheceu em Itália. Numa pequena viagem de mini-bus, acompanhado por cinco músicos franceses e de Marco Abbondanza, ao deparar-se com “casas sem portas e sem janelas”, sentindo-se “impotente”. “No dia anterior tinha estado a fazer comida e todos comeram que foi uma maravilha e, no dia seguinte, vejo aqueles pobres ali sentados à porta”, recorda, descrevendo a situação como um verdadeiro “choque de realidade”.
Sendo que também a fadista elvense Soraia Branco tem já participado neste festival além-fronteiras, Vicente Grenho revela que está tudo já programado para que, em 2027, ambos levantem voo em direção a Cabo Verde.
Já a passagem da 33ª edição do Festival Sete Sóis Sete Luas por Elvas chega este sábado, 26 de julho, ao fim, com um concerto do italiano Ambrogio Sparagna, no Ciclorama do Jardim Municipal. Este espetáculo, que é antecedido de uma degustação de pratos de Itália, confeccionados pelo chef Steffano Campazzi, está marcado para as 21h30.