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Adega Cooperativa de Borba debate desafios do setor nas comemorações do seu 70º aniversário

Debater as particularidades da organização cooperativa no setor vitivinícola e os desafios que o Alentejo enfrenta para a valorização da sua Denominação de Origem enquanto marca coletiva foram o mote para uma conferência, promovida esta quarta-feira, 7 de maio, pela Adega de Borba, no âmbito das comemorações do seu 70º aniversário.

A manhã foi dedicada ao tema “Os desafios da organização cooperativa”, com intervenções sobre a realidade atual das adegas cooperativas em Portugal, o modelo de produção organizada e o papel das cooperativas na sustentabilidade, com as participações de António Mendes, presidente da Fenadegas, Susana Gaspar, do Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral, e João Mota Barroso (na imagem), presidente da Adega Cooperativa de Borba.

Garantindo que os desafios no setor são “permanentes”, João Mota Barroso revela, no que toca em específico à Adega Cooperativa de Borba, alguns que já foram ultrapassados: “os desafios da profissionalização da gestão da adega e os desafios de tornar os viticultores conscientes do património que têm e daquilo que podem, efetivamente, fazer para obter uma boa qualidade a partir do início do processo, logo nas vinhas”. A partir daqui, o importante, defende o responsável, é “conseguir passar o valor real dos produtores para o consumidor”.

Assegurando ser necessário “aportar mais valor aos produtos”, para se conseguir “corresponder às expectativas do consumidor”, João Mota Barroso revela que, ao longo das duas últimas décadas, a Adega Cooperativa de Borba “não cresceu quantitativamente”, isto é, em termos de associados e de área de vinha. “Esses números estabilizaram e não se prevê que venham a aumentar nos próximos tempos, porque não estamos num setor em que o mercado quer mais produto. O mercado quer é mais valor”, remata.  

A primeira parte da conferência encerrou com uma mesa redonda sobre “Os caminhos para o futuro das adegas cooperativas”, moderada por Isabel Martins, da Abilways Portugal, com a participação de dirigentes de adegas cooperativas de várias regiões vitivinícolas

O encontro, que prossegue durante a tarde, reúne especialistas do setor vitivinícola, representantes de cooperativas de várias regiões do país, bem como responsáveis por entidades públicas ligadas à política agrícola e ao desenvolvimento regional.

Durante a tarde, a conferência assinala os 36 anos da demarcação dos vinhos do Alentejo, com destaque para a evolução da região enquanto Denominação de Origem e o papel das instituições na valorização da marca coletiva “Alentejo”. Intervêm Joaquim Madeira, Maria Clara Roque do Vale, Francisco Mateus, Alexandre Vaz, Luís Sequeira e Eduardo Diniz, que abordarão temas como a gestão, a identidade territorial e estratégias para gerar mais valor económico e impulsionar o reconhecimento internacional.

O encerramento da sessão, previsto para as 18 horas, ficará a cargo de Óscar Gato, em representação da Adega de Borba, contando ainda com a presença do ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes.

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